Senadores criticam gasto excessivo dos partidos nas eleições — Rádio Senado

Senadores criticam gasto excessivo dos partidos nas eleições

LOC: SENADORES CRITICAM GASTO EXCESSIVO DOS PARTIDOS NAS ELEIÇÕES, MAS DIVERGEM SOBRE FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHAS  

LOC: RELATOR DA REFORMA POLÍTICA NA CÂMARA DIZ QUE VAI INSISTIR NA VOTAÇÃO DE PARTE DA PROPOSTA ATÉ O FINAL DO ANO. REPÓRTER NILO BAIRROS: 

(Repórter) O deputado Henrique Fontana, do PT do Rio Grande do Sul, afirmou que vai retomar as negociações na Câmara para votar ainda neste ano alguns pontos da reforma política. O deputado, que é o relator da reforma, deu como exemplos de propostas que podem ser examinadas o fim da coligação em eleições proporcionais, as eleições gerais de quatro em quatro anos, o financiamento público exclusivo de campanhas e o sistema de listas, que pode obrigar o eleitor a votar no partido e não no candidato a vereador e a deputado. Caso esses itens sejam aprovados pelos deputados, já poderão ser analisados no Senado em 2013. Mas o que se espera é muita polêmica também entre os senadores. Inácio Arruda, do PC do B do Ceará, resumiu uma crítica comum ouvida no Senado sobre os atuais custos das campanhas: 

(Inácio Arruda) Se for olhar as campanhas, os valores que estão sendo gastos nas campanhas eleitorais e os valores que estão sendo ditos pelos candidatos sobre quanto vão gastar, você pode tirar já de cara mais da metade dos candidatos, porque mais da metade dos candidatos estão gastando cinco, seis, sete, dez vezes mais do que declararam, aberta e escandalosamente. 

(Repórter) Inácio Arruda defende a adoção do financiamento público exclusivo de campanhas, mas admite a dificuldade de aprovar esse item no Congresso: 

(Inácio Arruda) Aqui se luta muito e se debate muito sobre caixa dois, sobre desvios de recursos em campanhas eleitorais, sobre abuso econômico, mas na hora de decidir sobre financiamento público, o Congresso fica emperrado. 

(Repórter) A proposta prevê que em anos eleitorais o TSE, Tribunal Superior Eleitoral, deve receber dos cofres públicos e repassar aos partidos um determinado valor por eleitor. E a partir daí, partidos e candidatos não poderiam aceitar qualquer doação privada. Mas para o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, essa fórmula não acabaria com o caixa dois: 

(Aloysio Nunes) Sendo otimista eu não tenho o direito de ser ingênuo. A adoção de uma regra profundamente irrealista como esta proposta no projeto vai sim multiplicar os recursos destinados ilegalmente, na clandestinidade, às campanhas eleitorais. E isso agrava o problema do caixa dois. 

(Repórter) O Senado também analisa um conjunto de propostas de reforma política. Entre elas o fim dos suplentes de senadores.
23/10/2012, 02h36 - ATUALIZADO EM 23/10/2012, 02h36
Duração de áudio: 02:27
Ao vivo
00:0000:00