Senadores apoiam protesto de médicos ligados a planos de saúde — Rádio Senado

Senadores apoiam protesto de médicos ligados a planos de saúde

LOC: SENADORES APOIAM PROTESTO DE MÉDICOS LIGADOS A PLANOS DE SAÚDE E COMISSÕES PODEM DISCUTIR ASSUNTO NOS PRÓXIMOS DIAS. 

LOC: A CATEGORIA PROMETE PARAR NESTA QUARTA-FEIRA EM VÁRIOS ESTADOS POR REAJUSTE NO VALOR DA CONSULTA E MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO. REPORTAGEM, NILO BAIRROS:  

(Repórter) Os médicos vinculados a planos de saúde pedem reajuste de 50 por cento na tabela de serviços, o que elevaria de 45 para 80 reais o valor médio da consulta. Além disso, a categoria quer o fim das intervenções dos planos de saúde no trabalho junto ao paciente. Os médicos acusam os planos de pressionar para baixar os custos dos tratamentos, inclusive reduzindo tempo de internação. O senador e médico Mozarildo Cavalcanti, do PTB de Roraima, lembra que nos últimos anos o reajuste pago pelo consumidor dos planos de saúde chegou a 415 por cento, enquanto o valor recebido pelos médicos dessas empresas não subiu mais do que 25 por cento. Para Mozarildo Cavalcanti, o protesto desses profissionais já vem tarde. 

(Mozarildo Cavalcanti) Os planos de saúde vem não só interferindo na qualidade do serviço profissional, mas exigindo quantidade em vez de qualidade, limitando meios de diagnósticos, esse ou aquele exame não pode ser feito, portanto o médico fica sujeito ao aviltamento de sua condição, inclusive salarial, porque a média de uma consulta em qualquer plano de saúde é de 40 reais, a mais complexa é de 60 reais. 

(Repórter) Recentemente, o Senado discutiu o assunto em audiência pública, a pedido do senador Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, que também é médico. O senador conta que na ocasião ficou acertado o compromisso da reabertura de diálogo entre operadoras e médicos. Paulo Davim disse que vai procurar a ANS, a Agência Nacional de Saúde, para acompanhar as negociações e não descarta nova audiência no Senado. 

(Paulo Davim) A ANS está inclusive empenhada para que esse diálogo seja restabelecido. Eu vou entrar em contato com a ANS para fazer um acompanhamento das medidas tomadas depois da audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e, se necessário for, nós convocaremos uma audiência pública para discutir esse assunto. 

(Repórter) Os médicos prestadores de serviços prometem parar o atendimento por 15 dias a partir desta quarta-feira. Mas se comprometeram a não suspender os serviços de urgência e emergência. De acordo com o movimento, em sete estados a paralisação vai atingir todos os convênios: Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Rondônia.
09/10/2012, 07h45 - ATUALIZADO EM 09/10/2012, 07h45
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