Resultados municipais desenham disputa de 2014, diz cientista político — Rádio Senado

Resultados municipais desenham disputa de 2014, diz cientista político

LOC: CIENTISTA POLÍTICO ALERTA QUE O RESULTADO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DESENHA O QUADRO DAS DISPUTAS NACIONAIS DE 2014. 

LOC: O PMDB CONTINUA O PARTIDO COM O MAIOR NÚMERO DE PREFEITOS ELEITOS, SEGUIDO DO PSDB E DO PT. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o PMDB foi o partido que mais elegeu prefeitos em todo o país, ultrapassando os 850. O PSDB, maior legenda da oposição, conquistou o comando de quase 600 cidades. Já o PT terá cerca de 550 prefeituras. O PSD, legenda criada no ano passado, surpreendeu com a conquista de mais de 400 municípios, à frente do PP, PSB e PDT. Para o cientista político da Universidade de Brasília Ricardo Caldas, o resultado desse domingo antecipa o cenário político de 2014, com destaque para a importância do PMDB, que, se não tiver candidato próprio, será disputado por todos os partidos que brigarem pelo Palácio do Planalto. 

(Ricardo1) Elas não são determinantes, mas preparam o campo da guerra, o que ocorrerá em 2014. Você já está preparando os cabos eleitores e os apoiadores que estarão presentes em 2014. Não é à toa que o PMDB é tão estratégico. Todo esse exército peemedebista estará à disposição de algum candidato em 2014 que não sabemos quem é ainda. 

REP: Segundo ele, o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal não teve o efeito esperado pelos partidos de oposição, que contavam com um desempenho ruim dos candidatos do PT e dos partidos acusados de envolvimento na suposta compra de votos na Câmara dos Deputados no governo do ex-presidente Lula.  

(Ricardo2) Para justamente contrapor esse processo, o partido investiu na militância e na luta do corpo-a-corpo, na entrega de panfletos. Nessa última tentativa de influenciar o voto dos indecisos, diria que teve um contra-efeito. Talvez isso tenha contraposto não tudo mas uma parte dos efeitos do processo na televisão todos os dias. 

REP: O cientista político considerou ainda que a presidente Dilma Rousseff exerceu um papel de estadista ao não fazer campanha para todos os candidatos aliados, com exceção dos petistas Patrus Ananias, em Belo Horizonte, e Fernando Haddad, em São Paulo. Ricardo Caldas considerou a decisão estratégica para que a presidente não perca o seu capital político com aprovação recorde da população.
08/10/2012, 08h52 - ATUALIZADO EM 08/10/2012, 08h52
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