Julgamento de envolvidos pode evitar novo episódio, diz Suplicy — Rádio Senado

Julgamento de envolvidos pode evitar novo episódio, diz Suplicy

LOC: O JULGAMENTO DOS ENVOLVIDOS NA MORTE DE 111 PRESOS EM SÃO PAULO É IMPORTANTE PARA EVITAR UM NOVO "MASSACRE DO CARANDIRU". 

LOC: FOI O QUE AFIRMOU O SENADOR EDUARDO SUPLICY AO FALAR SOBRE OS 20 ANOS DO EPISÓDIO, COMPLETADOS NESTA TERÇA-FEIRA. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA: 

TÉC: Tarde de 2 de outubro de 1992. Uma briga de presos no Pavilhão 9 do Complexo Penitenciário do Carandiru, na zona norte de São Paulo, foi o estopim da tragédia. A Polícia Militar foi chamada, e a ação deixou o saldo de 111 detentos mortos, no chamado “massacre do Carandiru”. Vinte anos depois, o senador paulista Eduardo Suplicy, do PT, acredita que uma das lições do episódio é que as autoridades hoje têm mais cuidado para conter a violência em presídios, apesar de ainda serem registrados abusos. Suplicy acrescentou que a expectativa agora é em relação ao julgamento dos responsáveis pelo massacre do Carandiru. 

(SUPLICY) Um exemplo negativo de extraordinária repercussão e gravidade. E esperamos que nunca mais um procedimento daquela ordem possa se repetir outra vez. É importante este julgamento que vai acontecer para aqueles que participaram daquela ação que, obviamente, a opinião pública de São Paulo e de todo o Brasil condenou muito fortemente. 

(REPÓRTER) O Tribunal do Júri de São Paulo marcou para janeiro de 2013 o julgamento de 28 policiais envolvidos na ação que resultou nas 111 mortes. O comandante daquela operação, no entanto, não estará no banco dos réus. O coronel Ubiratan Guimarães chegou a ser condenado em 2001 a 632 anos de prisão, mas o julgamento foi anulado no início de 2006. Ele foi assassinado em setembro daquele ano, e a principal suspeita é a ex-namorada de Ubiratan, Carla Cepollina, que deve ser julgada no próximo mês.
02/10/2012, 12h49 - ATUALIZADO EM 02/10/2012, 12h49
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