Na ONU, Dilma defende paz no Oriente Médio sem intervenção militar — Rádio Senado

Na ONU, Dilma defende paz no Oriente Médio sem intervenção militar

LOC: AO ABRIR A ASSEMBLÉIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS NESTA TERÇA-FEIRA, A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF PEDIU APOIO AO ESTADO PALESTINO NA ONU E DEFENDEU A BUSCA DA PAZ NO ORIENTE MÉDIO SEM INTERVENÇÃO MILITAR.

LOC: PARA O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, SENADOR FERNANDO COLLOR, SÓ A MODERAÇÃO PODERÁ CONTER A VIOLÊNCIA NO ORIENTE MÉDIO E NORTE DA ÁFRICA. REPÓRTER NARA FERREIRA:

TÉC: A busca de solução pacífica para os conflitos foi o tema proposto para o debate na Assembléia das Nações Unidas em Nova York neste ano. O tema tornou-se ainda mais relevante diante da sangrenta disputa pelo poder na Síria, e após o recente ataque ao consulado dos Estados Unidos na Líbia, em que o embaixador e três funcionários norte-americanos foram mortos. A presidente Dilma Rousseff defendeu a aceitação da Palestina como Estado Pleno da ONU, pediu a não intervenção militar e diálogo para evitar mais violência em regiões de conflito

(DILMA) Como presidenta de um país no qual vivem milhares de brasileiros de confissão islâmica registro nosso mais veemente repúdio à escalada de preconceito islamofóbico nos países ocidentais... Com a mesma veemência repudiamos os atos terroristas que vitimaram diplomatas americanos na líbia.

(REP) Dilma destacou que o Brasil tem avançado na redução da pobreza e na integração regional. Pediu o fim de medidas protecionistas dos países ricos e destacou a necessidade de o mundo buscar o desenvolvimento sustentável. Ela foi imediatamente seguida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que homenageou o trabalho do embaixador Cristopher Stevens, morto no ataque ao consulado em Benghazi. Para Obama, é obrigação de todo líder internacional se posicionar contra a violência e o extremismo.

(OBAMA) sobe e desce

(REP) Na opinião do presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, a delicada situação no Oriente Médio exige moderação:

(COLLOR): Apenas a atitude moderada dos Estados Unidos poderá evitar maiores consequências...a morte do diplomata deverá colocar a política externa em ponto mais destacado na campanha presidencial americana e os republicanos vão atacar o que consideram tibiezas em decisões do presidente Obama, que se verá obrigado a declarações e posições mais firmes.

(REP) Por tradição, o Brasil sempre abre a Assembléia que reúne chefes de Estado e de governo dos 193 países-membros da ONU. O Brasil foi escolhido porque, em 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha abriu a primeira assembléia anual em Nova York.
25/09/2012, 01h28 - ATUALIZADO EM 25/09/2012, 01h28
Duração de áudio: 02:42
Ao vivo
00:0000:00