Eduardo Suplicy vai sugerir adoção da renda básica de cidadania pela ONU — Rádio Senado

Eduardo Suplicy vai sugerir adoção da renda básica de cidadania pela ONU

LOC: EDUARDO SUPLICY VAI SUGERIR ADOÇÃO DA RENDA BÁSICA DE CIDADANIA PELAS NAÇÕES UNIDAS.

LOC: ASSUNTO FOI ABORDADO EM EVENTO SOBRE POLÍTICA EXTERNA QUE ACONTECEU NO CONGRESSO. A REPORTAGEM É DE NILO BAIRROS:
 
(Repórter) O Seminário "Política Externa Brasileira: Desafios em um Mundo em Transição", realizado na Câmara dos Deputados, dedicou parte dos debates à cooperação sul-sul, que envolve convênios para o desenvolvimento de nações do hemisfério sul do planeta. O Brasil participa desse esforço apoiando 95 países, 42 deles na África. E essa cooperação com o continente africano pode ser fortalecida com a expansão do programa de renda básica de cidadania, que paga determinado valor mensal a cada cidadão, independentemente de sua renda ou condição socioeconômica. O senador Eduardo Suplicy, do PT paulista, autor de lei que cria o benefício, vai procurar o representante do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, FAO.
 
(Eduardo Suplicy) O senhor Helder Mutéia, representante da FAO no Brasil, terei o maior prazer de conversar com ele, pois ele se mostrou simpático, em suas palavras, ao conceito da garantia de renda mínima e ele sabe como avança em todos os países do mundo a idéia da renda básica de cidadania. Rep: Eduardo Suplicy, que integra a Comissão de Relações Exteriores, lembra que alguns governos africanos, como a Namíbia, já implantaram o sistema, de forma experimental, e acredita que a idéia pode ganhar força com o apoio da FAO, que tem como diretor geral o brasileiro José Graziano. O representante da FAO no Brasil, o moçambicano Helder Muteia, lembrou que o organismo das Nações Unidas enfrenta três tipos de problema: oferta, que está relacionada à produção de alimentos, acesso, que tem a ver com a possibilidade de compra, e a disponibilidade. Por isso, segundo Helder Mutéia, o programa de renda básica seria um bom acréscimo às políticas das Nações Unidas na África.
 
(Helder Muteia) É verdade que se os alimentos que produzimos hoje fossem bem distribuídos chegariam a todos, mas a equação é muito complexa. Então precisamos trabalhar nas três áreas, aumentar a produção, garantir acesso através de rendimento, porque o acesso é uma função do rendimento, portanto um programa de renda mínima naturalmente que vai ajudar.
 
(Repórter) Números das Nações Unidas indicam que cerca de 925 milhões de pessoas passam fome no mundo, ou seja, um em cada sete seres humanos não tem o que comer ou não se alimenta adequadamente.
20/09/2012, 07h17 - ATUALIZADO EM 20/09/2012, 07h17
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