Comissões debatem como melhorar atendimento a pessoas surdas
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E A COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DEFESA DO CONSUMIDOR DISCUTIRAM EM AUDIÊNCIA PÚBLICA MEDIDAS PARA MELHORAR O ATENDIMENTO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA.
LOC: O TEMA CENTRAL DA REUNIÃO FOI A LÍINGUA BRASILEIRA DE SINAIS, CONHECIDA COMO LIBRAS. REPÓRTER PATRÍCIA NOVAES:
(Repórter) O Brasil tem hoje cerca de 10 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. E o sistema de libras, reconhecido desde 2002 é, segundo os representantes dos surdos na audiência, a melhor forma de comunicação para essa parcela da população. O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, é autor de um projeto que torna obrigatório o curso de libras, como matéria optativa no ensino médio. Ele sugeriu que se forme no Senado uma bancada da acessibilidade.
(Cristovam Buarque) Sem acesso não há democracia plena. Precisamos criar condições para os cadeirantes, para os que não enxergam, para os que não ouvem, para os que não falam e lamentavelmente a gente tende a esquecer isso. Era bom que uma vez por ano um senador ficasse em uma cadeira de rodas.
(Repórter) O Procurador da República Felipe Fritz Braga disse que o Brasil ainda apresenta uma série de barreiras para a inserção do deficiente físico na sociedade e ressaltou a importância de se democratizar os projetos de acessibilidade para evitar erros. Segundo ele é preciso que o Poder Público invista em cursos para, por exemplo, os profissionais que lidam com reformas e compra de material nas repartições públicas.
(Fritz Braga) Nunca mais vão comprar balcão que não tem altura adequada para um cadeirante, nunca mais vão reformar o banheiro acessível que é jogar o dinheiro público fora porque o banheiro não é acessível e vamos começar a ver sites do poder público que sejam acessíveis.
(Repórter) A tradutora da língua brasileira de sinais, Aline Mendes defendeu a carreira de intérpretes de Libras e a abertura de concursos públicos para esses profissionais. Seis propostas sobre o assunto foram apresentadas no Senado. Uma delas, da ex-senadora Ideli Salvatti, altera a LDB e inclui a oferta da Língua Brasileira de Sinais em todas as etapas da educação básica. Aprovada no Senado, a matéia aguarda decisão da Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Patrícia Novaes. O diretor presidente do instituto cultural educacional e profissionalizante de pessoas com deficiência no Brasil, Sueide Miranda Leite, afirmou durante a reunião que o Senado está reduzindo o número de intérpretes na Casa e questionou a medida. Mas o Presidente da Comissão de Meio Ambiente, senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal garantiu que não existe nenhuma decisão da Casa de reduzir o serviço de libras, mas apenas uma questão burocrática, por conta do encerramento do contrato. O senador afirmou que as Comissões de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor e de Direitos Humanos devem enviar um ofício à Diretoria do Senado para desfazer qualquer dúvida que possa existir sobre a eficiência desse sistema de comunicação.
LOC: O TEMA CENTRAL DA REUNIÃO FOI A LÍINGUA BRASILEIRA DE SINAIS, CONHECIDA COMO LIBRAS. REPÓRTER PATRÍCIA NOVAES:
(Repórter) O Brasil tem hoje cerca de 10 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. E o sistema de libras, reconhecido desde 2002 é, segundo os representantes dos surdos na audiência, a melhor forma de comunicação para essa parcela da população. O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, é autor de um projeto que torna obrigatório o curso de libras, como matéria optativa no ensino médio. Ele sugeriu que se forme no Senado uma bancada da acessibilidade.
(Cristovam Buarque) Sem acesso não há democracia plena. Precisamos criar condições para os cadeirantes, para os que não enxergam, para os que não ouvem, para os que não falam e lamentavelmente a gente tende a esquecer isso. Era bom que uma vez por ano um senador ficasse em uma cadeira de rodas.
(Repórter) O Procurador da República Felipe Fritz Braga disse que o Brasil ainda apresenta uma série de barreiras para a inserção do deficiente físico na sociedade e ressaltou a importância de se democratizar os projetos de acessibilidade para evitar erros. Segundo ele é preciso que o Poder Público invista em cursos para, por exemplo, os profissionais que lidam com reformas e compra de material nas repartições públicas.
(Fritz Braga) Nunca mais vão comprar balcão que não tem altura adequada para um cadeirante, nunca mais vão reformar o banheiro acessível que é jogar o dinheiro público fora porque o banheiro não é acessível e vamos começar a ver sites do poder público que sejam acessíveis.
(Repórter) A tradutora da língua brasileira de sinais, Aline Mendes defendeu a carreira de intérpretes de Libras e a abertura de concursos públicos para esses profissionais. Seis propostas sobre o assunto foram apresentadas no Senado. Uma delas, da ex-senadora Ideli Salvatti, altera a LDB e inclui a oferta da Língua Brasileira de Sinais em todas as etapas da educação básica. Aprovada no Senado, a matéia aguarda decisão da Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Patrícia Novaes. O diretor presidente do instituto cultural educacional e profissionalizante de pessoas com deficiência no Brasil, Sueide Miranda Leite, afirmou durante a reunião que o Senado está reduzindo o número de intérpretes na Casa e questionou a medida. Mas o Presidente da Comissão de Meio Ambiente, senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal garantiu que não existe nenhuma decisão da Casa de reduzir o serviço de libras, mas apenas uma questão burocrática, por conta do encerramento do contrato. O senador afirmou que as Comissões de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor e de Direitos Humanos devem enviar um ofício à Diretoria do Senado para desfazer qualquer dúvida que possa existir sobre a eficiência desse sistema de comunicação.