Lei de Cotas deve aumentar número de negros em universidade em 500%
LOC: A EXPECTATIVA DA SECRETARIA DA IGUALDADE RACIAL É QUE COM A SANÇÃO DA LEI DAS COTAS, O NÚMERO DE ALUNOS NEGROS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS SALTE DOS ATUAIS OITO MIL E 700 PARA CERCA DE 52 MIL POR ANO.
LOC: O DADO FOI APRESENTADO NESTA SEGUNDA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO ACOMPANHOU O DEBATE E TEM OS DETALHES.
TÉC: O ministro interino da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Mário Theodoro, disse que a evolução da renda do brasileiro prova que o racismo ainda é uma barreira no caminho da igualdade. Na última década, tanto brancos quanto negros deixaram a faixa de extrema pobreza, em função de programas sociais. Mas a diferença da renda entre brancos e negros permanece, por isso a necessidade de políticas afirmativas, como a lei das cotas nas universidades públicas federais, sancionada pela presidente Dilma Roussef no dia 29 de agosto.
(Mário Theodoro) Hoje, nós temos 8700 alunos negros nas universidades públicas. Nossa expectativa, na Seppir, é que com essa lei 12.711, nós tenhamos agora cerca de 52 mil estudantes negros contemplados com as cotas nas universidades públicas federais. Isso significa um avanço sem precedentes e que vai fazer muito bem pro País, na medida em que vai dar para o País uma elite intelectual, uma elite pensante muito mais parecida com a sua população.
(Repórter) Pela lei, as universidades públicas e os institutos técnicos federais devem reservar, no mínimo, 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Dentro desse número, deve haver distribuição entre negros, pardos e indígenas, proporcional à composição da população de cada estado. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, acredita que as cotas vão fazer uma grande diferença não apenas para a população negra, mas para todo o País.
(Paulo Paim) Nunca é demais lembrar que o Supremo decidiu por unanimidade, nunca é demais lembrar que a cota é também social. As cotas são importantes para brancos, negros e indígenas pobres. Enfim, como eu digo, os filhos do vazio social. E é bom lembrar que não é só nas universidades, também nas escolas técnicas.
(Repórter) Os debatedores alertaram, no entanto, que ainda falta informação sobre como funciona o sistema de cotas, inclusive como se inscrever, e por isso muitos alunos de baixa renda ainda não têm acesso às vagas. Especialistas relatam que muitas escolas não informam aos alunos sobre as oportunidades, e que os grandes jornais não deram a devida atenção para as cotas.
LOC: O DADO FOI APRESENTADO NESTA SEGUNDA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO ACOMPANHOU O DEBATE E TEM OS DETALHES.
TÉC: O ministro interino da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Mário Theodoro, disse que a evolução da renda do brasileiro prova que o racismo ainda é uma barreira no caminho da igualdade. Na última década, tanto brancos quanto negros deixaram a faixa de extrema pobreza, em função de programas sociais. Mas a diferença da renda entre brancos e negros permanece, por isso a necessidade de políticas afirmativas, como a lei das cotas nas universidades públicas federais, sancionada pela presidente Dilma Roussef no dia 29 de agosto.
(Mário Theodoro) Hoje, nós temos 8700 alunos negros nas universidades públicas. Nossa expectativa, na Seppir, é que com essa lei 12.711, nós tenhamos agora cerca de 52 mil estudantes negros contemplados com as cotas nas universidades públicas federais. Isso significa um avanço sem precedentes e que vai fazer muito bem pro País, na medida em que vai dar para o País uma elite intelectual, uma elite pensante muito mais parecida com a sua população.
(Repórter) Pela lei, as universidades públicas e os institutos técnicos federais devem reservar, no mínimo, 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Dentro desse número, deve haver distribuição entre negros, pardos e indígenas, proporcional à composição da população de cada estado. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, acredita que as cotas vão fazer uma grande diferença não apenas para a população negra, mas para todo o País.
(Paulo Paim) Nunca é demais lembrar que o Supremo decidiu por unanimidade, nunca é demais lembrar que a cota é também social. As cotas são importantes para brancos, negros e indígenas pobres. Enfim, como eu digo, os filhos do vazio social. E é bom lembrar que não é só nas universidades, também nas escolas técnicas.
(Repórter) Os debatedores alertaram, no entanto, que ainda falta informação sobre como funciona o sistema de cotas, inclusive como se inscrever, e por isso muitos alunos de baixa renda ainda não têm acesso às vagas. Especialistas relatam que muitas escolas não informam aos alunos sobre as oportunidades, e que os grandes jornais não deram a devida atenção para as cotas.
