Senadores afirmam que silêncio de Cavendish não compromete investigações
LOC: OS INTEGRANTES DA CPI MISTA DO CACHOEIRA AFIRMAM QUE SILÊNCIO DO DONO DA DELTA NÃO COMPROMETE AS INVESTIGAÇÕES.
LOC: EM DEPOIMENTO À COMISSÃO, EX-DIRETOR DA DERSA NEGA IRREGULARIDADES EM CONTRATOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) O primeiro a falar foi o ex-diretor da Dersa, estatal responsável pelas obras rodoviárias do estado de São Paulo, Paulo Vieira, que negou quaisquer irregularidades nos contratos. Ele desmentiu a acusação de que teria desaparecido com 4 milhões de reais provenientes de doação de campanha de empreiteiros para o candidato do PSDB à Presidência da República em 2010, José Serra. Paulo Vieira disse que não conhece o contraventor Carlinhos Cachoeira, mas que se encontrou na Dersa com o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, para tratar de contratos. O ex-diretor da Dersa negou que a construtora tenha sido beneficiada ao revelar que a Delta ficou com menos de 2% das obras licitadas na administração dele. No caso do segundo depoente, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo, do PMDB da Paraíba, ainda tentou negociar com o empresário Fernando Cavendish para que ele falasse à CPI.
(Vital do Rêgo/ Fernando Cavendish) Indago à vossa senhoria caso não pretenda prestar seu depoimento em sessão aberta se o faria na hipótese dessa reunião passasse a se realizar em sessão secreta com o intuito de colaborar. Passo a palavra ao senhor. Cavendish. Boa tarde, senhor Presidente, por orientação do meu advogado vou permanecer em silêncio.
(Repórter) Para o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, o silêncio de Cavendish não surpreendeu a CPI.
(Randolfe Rodrigues) Esse silêncio é denunciador dos esquemas que ele constrói nesse país. Esse senhor é o artífice de um terrível esquema de corrupção, que segundo os dados que levantamos, dá mais de R$ 600 milhões nos estados de Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. (Repórter) O senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, destacou que o silêncio do empreiteiro não vai impedir as investigações sobre o esquema da Delta de receber recursos públicos e repassá-los para empresas fantasmas de Carlinhos Cachoeira.
(Alvaro Dias) Agora é buscar as informações bancárias e fiscais para comprovar os desvios de recursos públicos. Temos esse material disponível, temos que quebrar os sigilos das demais empresas e ao final, teremos condições de apresentar um trabalho objetivo com resultado concreto.
(Repórter) A CPI Mista do Cachoeira ainda tomou o depoimento do contador Gilmar Carvalho, ameaçado de morte. Ele é ex-marido da comerciante Rosely Pantoja, que aparece como sócia de empresas laranjas de Cachoeira. Gilmar Carvalho negou envolvimento no esquema do contraventor ao afirmar que o CPF dele foi usado indevidamente por Valdeir Cardoso, que teria pedido a ele para abrir empresas em troca de uma dívida de 7 mil reais. A pedido da CPI, o contador e a família contarão com proteção policial.
LOC: EM DEPOIMENTO À COMISSÃO, EX-DIRETOR DA DERSA NEGA IRREGULARIDADES EM CONTRATOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) O primeiro a falar foi o ex-diretor da Dersa, estatal responsável pelas obras rodoviárias do estado de São Paulo, Paulo Vieira, que negou quaisquer irregularidades nos contratos. Ele desmentiu a acusação de que teria desaparecido com 4 milhões de reais provenientes de doação de campanha de empreiteiros para o candidato do PSDB à Presidência da República em 2010, José Serra. Paulo Vieira disse que não conhece o contraventor Carlinhos Cachoeira, mas que se encontrou na Dersa com o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, para tratar de contratos. O ex-diretor da Dersa negou que a construtora tenha sido beneficiada ao revelar que a Delta ficou com menos de 2% das obras licitadas na administração dele. No caso do segundo depoente, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo, do PMDB da Paraíba, ainda tentou negociar com o empresário Fernando Cavendish para que ele falasse à CPI.
(Vital do Rêgo/ Fernando Cavendish) Indago à vossa senhoria caso não pretenda prestar seu depoimento em sessão aberta se o faria na hipótese dessa reunião passasse a se realizar em sessão secreta com o intuito de colaborar. Passo a palavra ao senhor. Cavendish. Boa tarde, senhor Presidente, por orientação do meu advogado vou permanecer em silêncio.
(Repórter) Para o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, o silêncio de Cavendish não surpreendeu a CPI.
(Randolfe Rodrigues) Esse silêncio é denunciador dos esquemas que ele constrói nesse país. Esse senhor é o artífice de um terrível esquema de corrupção, que segundo os dados que levantamos, dá mais de R$ 600 milhões nos estados de Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. (Repórter) O senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, destacou que o silêncio do empreiteiro não vai impedir as investigações sobre o esquema da Delta de receber recursos públicos e repassá-los para empresas fantasmas de Carlinhos Cachoeira.
(Alvaro Dias) Agora é buscar as informações bancárias e fiscais para comprovar os desvios de recursos públicos. Temos esse material disponível, temos que quebrar os sigilos das demais empresas e ao final, teremos condições de apresentar um trabalho objetivo com resultado concreto.
(Repórter) A CPI Mista do Cachoeira ainda tomou o depoimento do contador Gilmar Carvalho, ameaçado de morte. Ele é ex-marido da comerciante Rosely Pantoja, que aparece como sócia de empresas laranjas de Cachoeira. Gilmar Carvalho negou envolvimento no esquema do contraventor ao afirmar que o CPF dele foi usado indevidamente por Valdeir Cardoso, que teria pedido a ele para abrir empresas em troca de uma dívida de 7 mil reais. A pedido da CPI, o contador e a família contarão com proteção policial.
