Comissão debate diversidade sexual e os direitos humanos — Rádio Senado

Comissão debate diversidade sexual e os direitos humanos

LOC: O DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE LÉSBICA, COMEMORADO NESTA QUARTA-FEIRA, FOI LEMBRADO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA QUE DEBATEU A DIVERSIDADE SEXUAL E OS DIREITOS HUMANOS. 

LOC: A AUDIÊNCIA TAMBÉM TROUXE NÚMEROS E NOVIDADES DO COMBATE À HOMOFOBIA NO BRASIL. REPÓRTER NILO BAIRROS: 

(Repórter) A representante da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Ivanilda Figueiredo, informou que o órgão está fechando parceria com o Conselho Federal de Psicologia. A idéia é formar comitês estaduais de combate à homofobia. Atualmente, existem apenas 12 comitês municipais LGBT, sigla que reúne lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Ivanilda Figueiredo revelou que, por dia, o órgão recebe mais de 18 denúncias de violações de direitos humanos da população LGBT. Mas ela reconhece que esse número está bem abaixo da realidade das ruas: 

(Ivanilda Figueiredo) A violência contra lésbicas, travestis e transexuais ainda é muito “invisibilizada”. São apenas 3% das violações reportadas contra lésbicas e contra travestis, também um número baixíssimo, reportado no Disque e nos serviços, mas, ao mesmo tempo, um número altíssimo noticiado de mortes nos jornais. 

(Repórter) A senadora Marta Suplicy, do PT paulista, autora do pedido de audiência pública, elogiou a formação dos comitês e divulgou um endereço eletrônico para que a população participe da campanha pelo Estatuto da Diversidade Sexual: 

(Marta Suplicy) Muito importante essa parceria, porque se não houver uma organização de proteção mesmo, que acaba funcionando como prevenção, nós levaremos muito mais tempo a ter esse respeito à diversidade, e aproveito o ensejo para colocar que existe um site de apoio ao estatuto da Diversidade Sexual. O endereço é www.estatutodiversidadesexual.com.br” 

(Repórter) O projeto de iniciativa popular que cria o estatuto e também o projeto de lei 122, que criminaliza a homofobia, receberam o apoio da primeira secretária do Conselho Federal de Serviço Social, Raimunda Ferreira, e da representante da OAB do Rio de Janeiro, Patrícia Sanches, que usou dados do censo do IBGE para pedir a aprovação do projeto: 

(Patrícia Sanches) – não é a lei que cria a afetividade. Nenhuma lei vai impedir que duas pessoas residam no mesmo teto, independente de cor, raça, sexo. Então é importante salientar que deixando o legislador de legislar, o legislador está virando as costas para esta realidade que está sendo demonstrada no próprio censo nacional. São 60 mil famílias em 2010 declaradas e o número pode ser o dobro. 

(Repórter) Também participaram da audiência a deputada federal Erica Kokai, do PT do Distrito Federal, e Pedro Paulo Bicalho, do Conselho Federal de Psicologia. 

LOC: A SECRETARIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS VAI FECHAR PARCERIA COM O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA PARA MONTAR COMITÊS ESTADUAIS DE COMBATE À HOMOFOBIA.  

LOC: A NOTÍCIA FOI DADA NESTA QUARTA-FEIRA, DURANTE AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO SOBRE O RESPEITO À DIVERSIDADE SEXUAL E AOS DIREITOS HUMANOS DA POPULAÇÃO LGBT. A SIGLA REÚNE LÉSBICAS, GAYS, TRAVESTIS, TRANSGÊNEROS E BISEXUAIS. 

LOC: A SENADORA PELO PT PAULISTA, MARTA SUPLICY, QUE PEDIU A AUDIÊNCIA, ELOGIOU A INICIATIVA E INFORMOU O ENDEREÇO ELETRÔNICO PELO QUAL A POPULAÇÃO PODE APOIAR A CRIAÇÃO DO ESTATUTO DA DIVERSIDADE SEXUAL, QUE É UM PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR. O ENDEREÇO É WWW.ESTATUTODIVERSIDADESEXUAL.COM.BR.  

LOC: O DEBATE TAMBÉM MOSTROU QUE AINDA É PEQUENO O NÚMERO DE NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA CONTRA ESSA PARCELA DA SOCIEDADE. PRINCIPALMENTE OS TRAVESTIS, QUE, DE ACORDO COM A SDECRETARIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS, SÃO AS PRINCIPAIS VÍTIMAS DOS ASSASSINATOS RELATADOS NOS JORNAIS.&a
29/08/2012, 08h29 - ATUALIZADO EM 29/08/2012, 08h29
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