Comissão debate uso da pesquisa científica nas empresas do país — Rádio Senado

Comissão debate uso da pesquisa científica nas empresas do país

LOC: GARANTIR QUE OS INVESTIMENTOS EM PESQUISA CIENTÍFICA CHEGUEM ÀS EMPRESAS NACIONAIS E AJUDEM A MELHORAR A ECONOMIA BRASILEIRA. ESSE DEVE SER O PRINCIPAL OBJETIVO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. 

LOC: UM SEMINÁRIO PROMOVIDO PELA COMISSÃO DE CIENCIA E TECNOLOGIA DO SENADO FEDERAL QUER CONTRIBUIR PARA A DISCUSSÃO DO TEMA. A REPORTAGEM É DE ANA BEATRIZ SANTOS. 

(Repórter) A comissão de ciência, tecnologia, inovação comunicação e informática reuniu acadêmicos, cientistas e representantes do governo para discutir a importância do uso da pesquisa científica nas empresas brasileiras. O seminário “Caminhos para a Inovação” teve como um dos expositores o físico brasileiro Marcelo Gleiser, professor do Darthmouth College nos Estados Unidos. O cientista elogiou a iniciativa da CCT e defendeu que todas as esferas de governo se juntem para assegurar mais recursos e leis eficientes para a pesquisa cientifica e a inovação tecnológica. 

(Marcelo Gleiser) “vários senadores muito importantes estão querendo mudar as coisas, e a coisa tem que mudar não só ao nível de fomento, mas também ao nível legislativo, as leis têm que ser mudadas, a burocracia tem que ser diminuída, porque atravanca muito o processo de liberação de verbas e tal, eu espero que a ciência tenha uma lei tão importante como a Lei Rouanet é pra cultura aqui no Brasil“ 

(Repórter) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, pediu que os participantes do seminário sugerissem medidas práticas para aumentar o desempenho brasileiro em inovação tecnológica. 

(Cristovam Buarque)”Eu queria que vocês me dessem cinco idéias concretas pra que o Brasil se transforme numa Coréia, mas não ponha aumentar verba, que eu sou favorável, mas primeiro o quê fazer, a verba a gente busca depois, pra que a gente tenha não só “uma” Embrapa, “um” ITA, mas ter quinze”. 

(Repórter) Uma das sugestões apresentadas foi a de que os estudantes bolsistas em pós-graduação trabalhem quatro horas por semana em escolas de educação básica. O seminário foi dividido em dois painéis. O primeiro presidido por Marcelo Gleiser abordou a capacitação da mão de obra para o setor tecnológico, e o segundo painel, presidido pelo neurocientista Miguel Nicolelis, tratou do financiamento publico e privado para a pesquisa e inovação. Os participantes reforçaram a importância do incentivo a formação de jovens nas carreiras científicas e de engenharia, mais facilidades para as parcerias entre universidades e empresas nas atividades de pesquisa e projetos que possibilitem a contratação de pessoal com pós-graduação pelas empresas privadas do país.
14/06/2012, 07h10 - ATUALIZADO EM 14/06/2012, 07h10
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