Senadores comemoram menor taxa Selic da história — Rádio Senado

Senadores comemoram menor taxa Selic da história

LOC: A MENOR TAXA DE JUROS DA HISTÓRIA, DEFINIDA NESTA QUARTA-FEIRA PELO COPOM, AGRADOU AOS SENADORES.

LOC: O COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA DO BANCO CENTRAL BAIXOU PARA 8,5% O JURO NOMINAL E ECONOMISTAS PREVÊEM MAIS MEIO POR CENTO DE QUEDA EM JULHO. REPÓRTER NILO BAIRROS:

(Repórter) A redução dos juros incentiva a economia e facilita a tomada de empréstimos. Sinaliza ainda que o Banco Central não está preocupado com o possível aumento da inflação. A indústria nacional, que vem perdendo terreno desde o último trimestre de 2011, também sai ganhando. A nova redução dos juros, que resulta na menor taxa da história, foi elogiada pelo senador Mozarildo Cavalcanti, do PTB de Roraima, que destacou o ganho que os juros baixos trazem para a atividade produtiva:

(Mozarildo Cavalcanti) Se nós temos juros menores, não vai deixar de vir capital especulativo, mas não vai vir preponderantemente o capital que só vem pra cá ganhar dinheiro, dinheiro com dinheiro, em vez de ser aquele capital que investe, que procura produção e geração de empregos.

(Repórter) A aposta na retomada do desenvolvimento é compartilhada pelo senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco: 

(Humberto Costa) Temos aí uma política clara do governo de reduzir juros, com a expectativa de que isso ajude a retomada do desenvolvimento, do crescimento econômico. Eu acho que nós vamos num caminho muito bom para o Brasil, e se isso não tiver reflexos imediatos certamente lá na frente terá um resultado espetacular. 

(Repórter) A nova taxa de juros trouxe outra conseqüência: a redução dos ganhos da caderneta de poupança. É que de acordo com regra estabelecida no início de maio, sempre que o juro anual estiver em 8,5% ou menos, a poupança passa a ser remunerada com base em 70% da taxa Selic mais a taxa referencial, a TR. Antes, o ganho era de 6,17% ao mês mais a TR. Mas a mudança não afugentou o pequeno poupador, e maio registrou um ganho líquido dos depósitos da ordem de dois bilhões de reais. O senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, comemorou os números: 

(Armando Monteiro) Isso significa que o poupador brasileiros e, sobretudo, o pequeno poupador entendeu que a mudança de regra não fere umas coisas fundamentais na caderneta de poupança: a segurança, a liquidez e abre uma perspectiva de que todos os brasileiros ganhem com a redução das taxas de juros de maneira geral.

(Repórter) A mudança na regra da poupança têm como objetivo permitir que o governo reduza mais os juros e estimule, assim, a economia. A próxima reunião do Copom acontece em julho.
31/05/2012, 07h56 - ATUALIZADO EM 31/05/2012, 07h56
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