Representação do Brasil debate desafios da América do Sul diante da crise
LOC: OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS PARA A AMÉRICA DO SUL DIANTE DA CRISE ECONÔMICA MUNDIAL FORAM DEBATIDOS NESTA SEXTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA NO PARLAMENTO DO MERCOSUL.
LOC: ESTA FOI A SEGUNDA REUNIÃO PREPARATÓRIA PARA O SEMINÁRIO "CRISE, ESTADO E DESENVOLVIMENTO". REPÓRTER CELSO CAVALCANTI:
TÉC: O seminário está agendado para o final do mês de junho, no Rio de Janeiro, e será realizado por iniciativa do presidente da Representação Brasileira no Parlamento do MERCOSUL, o senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná. Durante a audiência desta sexta-feira, o economista José Carlos de Assis, presidente do Instituto Intersul, afirmou que a atual crise financeira mundial é maior do que a grande depressão vivida pelos Estados Unidos na década de 1930.
(JOSE CARLOS): Essa crise, desde seu início, afetou diretamente o coração do sistema capitalista, que é o sistema bancário. Nos anos 30 não quebrou um único grande banco americano.
(REP) O ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, defendeu uma integração entre Estado, setor privado e academia, como premissa para o desenvolvimento do país.
(CIRO GOMES): O êxito civilizatório demanda por trás dele uma coordenação formal estratégica entre governos empoderados, empresariado convergente, empreendedorismo convergente com essas tratativas afirmadas, consensadas, e uma academia que também seja absolutamente pronta para responder às demandas técnico-científicas que essa convergência estratégica pede.
(REP) O professor Márcio Henrique de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, advertiu para a necessidade de o Brasil adotar um novo posicionamento diante do cenário mundial.
(MARCIO HENRIQUE): Nós temos que mudar a rota, e muito rápido. O Brasil abril mão de ter política industrial, o Brasil abriu mão de ter política tecnológica, abriu mão de ter política educacional, o Brasil se despiu de um projeto e da intenção de ser um país grande. Não é que nós quiséssemos ser pequenos, mas a nossa estratégia era a seguinte: o mercado nos levará lá.
(REP) O senador Roberto Requião concordou que nas últimas décadas o Brasil deixou a desejar no que diz respeito à sua produção industrial.
(ROBERTO REQUIÃO): Em 1980 a produção industrial do Brasil era superior à produção dos tigres asiáticos: Malásia, Tailândia, Coréia do Sul e China. O último dado que nós temos é de 2010: nós não chegamos mais a 15% do que eles produzem. Nós estamos vivendo de milho, de açúcar, de carne e de soja. E de ferro e petróleo. Então nós estamos num processo de primarização da economia.
(REP) A terceira e última reunião preparatória para o seminário "Crise, Estado e Desenvolvimento" está marcada para o dia primeiro de junho.
LOC: ESTA FOI A SEGUNDA REUNIÃO PREPARATÓRIA PARA O SEMINÁRIO "CRISE, ESTADO E DESENVOLVIMENTO". REPÓRTER CELSO CAVALCANTI:
TÉC: O seminário está agendado para o final do mês de junho, no Rio de Janeiro, e será realizado por iniciativa do presidente da Representação Brasileira no Parlamento do MERCOSUL, o senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná. Durante a audiência desta sexta-feira, o economista José Carlos de Assis, presidente do Instituto Intersul, afirmou que a atual crise financeira mundial é maior do que a grande depressão vivida pelos Estados Unidos na década de 1930.
(JOSE CARLOS): Essa crise, desde seu início, afetou diretamente o coração do sistema capitalista, que é o sistema bancário. Nos anos 30 não quebrou um único grande banco americano.
(REP) O ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, defendeu uma integração entre Estado, setor privado e academia, como premissa para o desenvolvimento do país.
(CIRO GOMES): O êxito civilizatório demanda por trás dele uma coordenação formal estratégica entre governos empoderados, empresariado convergente, empreendedorismo convergente com essas tratativas afirmadas, consensadas, e uma academia que também seja absolutamente pronta para responder às demandas técnico-científicas que essa convergência estratégica pede.
(REP) O professor Márcio Henrique de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, advertiu para a necessidade de o Brasil adotar um novo posicionamento diante do cenário mundial.
(MARCIO HENRIQUE): Nós temos que mudar a rota, e muito rápido. O Brasil abril mão de ter política industrial, o Brasil abriu mão de ter política tecnológica, abriu mão de ter política educacional, o Brasil se despiu de um projeto e da intenção de ser um país grande. Não é que nós quiséssemos ser pequenos, mas a nossa estratégia era a seguinte: o mercado nos levará lá.
(REP) O senador Roberto Requião concordou que nas últimas décadas o Brasil deixou a desejar no que diz respeito à sua produção industrial.
(ROBERTO REQUIÃO): Em 1980 a produção industrial do Brasil era superior à produção dos tigres asiáticos: Malásia, Tailândia, Coréia do Sul e China. O último dado que nós temos é de 2010: nós não chegamos mais a 15% do que eles produzem. Nós estamos vivendo de milho, de açúcar, de carne e de soja. E de ferro e petróleo. Então nós estamos num processo de primarização da economia.
(REP) A terceira e última reunião preparatória para o seminário "Crise, Estado e Desenvolvimento" está marcada para o dia primeiro de junho.