Comissão discute dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
LOC: O QUE VOCÊ ACHA DA ESCOLA EM QUE SEU FILHO ESTUDA TER A NOTA EXPOSTA NA ENTRADA?
LOC: A DIVULGAÇÃO DOS DADOS DO IDEB, ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA, FOI DISCUTIDA NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO. AS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: A ideia de expor o boletim da própria escola na porta, em uma régua com uma pontuação de um a dez, é vista por alguns especialistas como um ranking injusto da qualidade no ensino básico. José Marcelino de Rezende Pinto, da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, acredita que o Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, é diretamente atingido pelo nível de renda dos alunos.
(José Marcelino de Rezende Pinto) Eu não posso alhos com bugalhos. Quer dizer, se eu pego escolas diferentes e divulgo a nota e digo que a nota é um indicador de qualidade, isso é falso. Eu acho que seria fundamental, o que é feito em outros países, que ao divulgar o Ideb, se divulgasse também o perfil socioeconômico dos alunos daquela escola.
(Repórter) O especialista em educação Gustavo Ioschpe, autor da ideia de publicar o índice nas escolas, defende que a divulgação vai incentivar os pais a cobrarem os professores, diretores e governantes. Ele é radicalmente contra, no entanto, à vinculação com a renda.
(Gustavo Ioschpe) A sociedade demanda daquelas crianças, daqueles jovens, um nível de conhecimento que é igual para todos. E se a gente admite que a criança de nível de renda mais baixo tenha uma educação pior, a gente está condenando essa criança na verdade ao sub-emprego e à pobreza pelo resto de sua vida.
(Repórter) Outra crítica – de que as escolas com notas baixas seriam abandonadas – é rebatida pelo ex-secretário de Educação da Paraíba, Neroaldo Pontes.
(Neroaldo Pontes) Que as escolas melhores seriam procuradas e as outras seriam esvaziadas, isso não me preocupa, eu acho isso ótimo. Porque eu pergunto se algum de nós aqui procuraria a pior escola para colocar o seu filho. Evidente que ele vai procurar a melhor. É preciso que aquela que não está bem, ela se torne também a melhor.
(Repórter) A senadora Kátia Abreu, do PSD do Tocantins, concorda com divulgação, assim como defende indicadores de desempenho para todos os setores do governo.
(Kátia Abreu) Eu não sei como, mas essa placa precisa existir, eu acho que ela vai ser uma mola propulsora de grandes mudanças no País. Vai mexer com a vaidade de muita gente. E com a falta de compromisso de outros mais.
(Repórter) O cálculo do Ideb leva em conta a taxa de aprovação dos alunos e o desempenho em português e matemática.
LOC: A DIVULGAÇÃO DOS DADOS DO IDEB, ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA, FOI DISCUTIDA NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO. AS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: A ideia de expor o boletim da própria escola na porta, em uma régua com uma pontuação de um a dez, é vista por alguns especialistas como um ranking injusto da qualidade no ensino básico. José Marcelino de Rezende Pinto, da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, acredita que o Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, é diretamente atingido pelo nível de renda dos alunos.
(José Marcelino de Rezende Pinto) Eu não posso alhos com bugalhos. Quer dizer, se eu pego escolas diferentes e divulgo a nota e digo que a nota é um indicador de qualidade, isso é falso. Eu acho que seria fundamental, o que é feito em outros países, que ao divulgar o Ideb, se divulgasse também o perfil socioeconômico dos alunos daquela escola.
(Repórter) O especialista em educação Gustavo Ioschpe, autor da ideia de publicar o índice nas escolas, defende que a divulgação vai incentivar os pais a cobrarem os professores, diretores e governantes. Ele é radicalmente contra, no entanto, à vinculação com a renda.
(Gustavo Ioschpe) A sociedade demanda daquelas crianças, daqueles jovens, um nível de conhecimento que é igual para todos. E se a gente admite que a criança de nível de renda mais baixo tenha uma educação pior, a gente está condenando essa criança na verdade ao sub-emprego e à pobreza pelo resto de sua vida.
(Repórter) Outra crítica – de que as escolas com notas baixas seriam abandonadas – é rebatida pelo ex-secretário de Educação da Paraíba, Neroaldo Pontes.
(Neroaldo Pontes) Que as escolas melhores seriam procuradas e as outras seriam esvaziadas, isso não me preocupa, eu acho isso ótimo. Porque eu pergunto se algum de nós aqui procuraria a pior escola para colocar o seu filho. Evidente que ele vai procurar a melhor. É preciso que aquela que não está bem, ela se torne também a melhor.
(Repórter) A senadora Kátia Abreu, do PSD do Tocantins, concorda com divulgação, assim como defende indicadores de desempenho para todos os setores do governo.
(Kátia Abreu) Eu não sei como, mas essa placa precisa existir, eu acho que ela vai ser uma mola propulsora de grandes mudanças no País. Vai mexer com a vaidade de muita gente. E com a falta de compromisso de outros mais.
(Repórter) O cálculo do Ideb leva em conta a taxa de aprovação dos alunos e o desempenho em português e matemática.
