Corte na taxa básica de juros foi tímida, avaliam senadores — Rádio Senado

Corte na taxa básica de juros foi tímida, avaliam senadores

LOC: O COPOM CORTOU A TAXA BÁSICA DE JUROS, QUE FICOU EM DEZ E MEIO PORCENTO. 

LOC: MAS NA AVALIAÇÃO DOS PARLAMENTARES, A QUEDA DE MEIO PONTO PERCENTUAL FOI TÍMIDA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: Pela quarta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em meio ponto percentual, para 10,5% ao ano. No breve comunicado após a reunião, os diretores da instituição declararam que a medida é necessária para que a inflação deste ano alcance a meta de 4,5%. Segundo o IBGE, em 2011 a inflação fechou em 6,5%, no limite da estimativa oficial. Para o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, o Banco Central poderia ter feito uma redução maior nos juros. Ele argumentou que a taxa mais alta dificulta os empréstimos para os empresários que planejam aumentar a produção e impede a contratação de novos trabalhadores. 

(Randolfe) Continuamos praticando uma das maiores se não a maior taxa de juros do planeta. Tem espaço para reduzir muito mais a taxa de juros. Esse é o principal drama, quanto maior a taxar de juros, menor a possibilidade de contratação. Temos que apostar num mercado de massas, num mercado que tenha salário mínimo forte,que tenha capacidade de consumo forte e num mercado que não tenhamos taxa de juros elevada. 

REP: O líder do PT no Senado, Humberto Costa, de Pernambuco, considerou um avanço a decisão do Banco Central, ao lembrar que a redução dos juros é uma arma do governo no enfrentamento à crise financeira internacional. Humberto Costa citou que a medida vai resultar em mais investimentos pelo governo federal e na queda da taxa para os consumidores. 

(Humberto) A redução em meio ponto foi uma redução prudente. Neste momento, quanto mais cautela que o governo tiver, melhor. Também para que possamos reduzir o peso do serviço das dívidas, o que vai nos permitir ter recursos tanto para aplicação em ações de infraestrutura e ações sociais. 

REP: Apesar da redução de meio ponto percentual, a taxa de juros do Brasil continua a mais alta do mundo. Os Estados Unidos têm um índice de 0,25% ao ano e a União Européia, de 1%. A chamada taxa Selic é usada pelas instituições financeiras para definir os juros cobrados pelos empréstimos bancários, financiamentos, compras a prazo e pelo uso do cheque especial.
19/01/2012, 00h33 - ATUALIZADO EM 19/01/2012, 00h33
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