Senado quer investigar denúncias de maus tratos a dependentes químicos
LOC: REPRESENTANTES DE CONSELHOS DE PSICOLOGIA E DE COMUNIDADES TERAPÊUTICAS SERÃO CONVOCADOS PELO SENADO.
LOC: O OBJETIVO DOS SENADORES É INVESTIGAR DENÚNCIAS DE MAUS TRATOS A DEPENDENTES QUÍMICOS. MAIS INFORMAÇÕES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(REPÓRTER) Pesquisa feita por conselhos regionais de psicologia, em parceria com o Ministério Público e a OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil, apontou uma série de violações aos direitos humanos em 68 comunidades terapêuticas que tem como missão cuidar de dependentes químicos. De acordo com o relatório da quarta inspeção nacional de direitos humanos, em algumas comunidades os pacientes são surrados com pedaços de madeira, permanecem isolados e são obrigados a trabalhar sem remuneração. O relatório chegou ao Senado, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos, o gaúcho Paulo Paim, do PT, quer convocar audiência para colocar, frente a frente, dirigentes dessas casas e representantes dos psicólogos.
(PAIM) Vamos fazer isso, uma audiência na comissão, chamar as partes, fazer um debate tranqüilo, fraternal, mas duro em relação àqueles que cometeram esse tipo de agressão contra os dependentes. Vamos ter que enxergar, vamos ter que olhar, não adiante jogar para baixo do tapete. O problema é duro e temos que enfrentá-lo.
(REPÓRTER) O presidente da subcomissão do Senado que estudou formas de tratamento de dependentes de drogas, Wellington Dias, do PT piauiense, acha que é preciso ter prudência nesse assunto. Ele teme que por trás do estudo haja uma tentativa de desqualificar as comunidades terapêuticas. O senador viajou por seis países para saber como são cuidados os dependentes de crack e concluiu que o tratamento em comunidades é uma tendência mundial. Wellington Dias ressalta que crimes apurados devem ser combatidos, mas lembra que os conselhos apóiam o trabalho das comunidades.
(WELLINGTON DIAS) O conselho nacional de medicina tem uma posição de entender o trabalho das comunidades terapêuticas, o conselho nacional de psiquiatria, o conselho nacional de assistência social, se tem problema de direitos humanos, se trata como direitos humanos em qualquer lugar, seja hospital público, privado. Agora eu lamento que se esteja usando isso contra uma política que é aquela que se comprova que tira pessoas do uso de drogas.
(REPÓRTER) Wellington Dias também pediu a realização de debate sobre o assunto, só que na Comissão de Assuntos Sociais. O mais provável é que no reinício dos trabalhos do Congresso, em fevereiro, as duas comissões se juntem para uma audiência conjunta.
LOC: O OBJETIVO DOS SENADORES É INVESTIGAR DENÚNCIAS DE MAUS TRATOS A DEPENDENTES QUÍMICOS. MAIS INFORMAÇÕES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(REPÓRTER) Pesquisa feita por conselhos regionais de psicologia, em parceria com o Ministério Público e a OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil, apontou uma série de violações aos direitos humanos em 68 comunidades terapêuticas que tem como missão cuidar de dependentes químicos. De acordo com o relatório da quarta inspeção nacional de direitos humanos, em algumas comunidades os pacientes são surrados com pedaços de madeira, permanecem isolados e são obrigados a trabalhar sem remuneração. O relatório chegou ao Senado, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos, o gaúcho Paulo Paim, do PT, quer convocar audiência para colocar, frente a frente, dirigentes dessas casas e representantes dos psicólogos.
(PAIM) Vamos fazer isso, uma audiência na comissão, chamar as partes, fazer um debate tranqüilo, fraternal, mas duro em relação àqueles que cometeram esse tipo de agressão contra os dependentes. Vamos ter que enxergar, vamos ter que olhar, não adiante jogar para baixo do tapete. O problema é duro e temos que enfrentá-lo.
(REPÓRTER) O presidente da subcomissão do Senado que estudou formas de tratamento de dependentes de drogas, Wellington Dias, do PT piauiense, acha que é preciso ter prudência nesse assunto. Ele teme que por trás do estudo haja uma tentativa de desqualificar as comunidades terapêuticas. O senador viajou por seis países para saber como são cuidados os dependentes de crack e concluiu que o tratamento em comunidades é uma tendência mundial. Wellington Dias ressalta que crimes apurados devem ser combatidos, mas lembra que os conselhos apóiam o trabalho das comunidades.
(WELLINGTON DIAS) O conselho nacional de medicina tem uma posição de entender o trabalho das comunidades terapêuticas, o conselho nacional de psiquiatria, o conselho nacional de assistência social, se tem problema de direitos humanos, se trata como direitos humanos em qualquer lugar, seja hospital público, privado. Agora eu lamento que se esteja usando isso contra uma política que é aquela que se comprova que tira pessoas do uso de drogas.
(REPÓRTER) Wellington Dias também pediu a realização de debate sobre o assunto, só que na Comissão de Assuntos Sociais. O mais provável é que no reinício dos trabalhos do Congresso, em fevereiro, as duas comissões se juntem para uma audiência conjunta.
