Senadores debatem plano de enfrentamento ao uso do crack — Rádio Senado

Senadores debatem plano de enfrentamento ao uso do crack

LOC: SENADORES DEBATERAM, EM PLENÁRIO, O PLANO DE ENFRENTAMENTO AO USO DO CRACK E OUTRAS DROGAS, LANÇADO NESTAQUARTA-FEIRA PELA PRESIDENTE DILMA ROUSSEF. 

LOC: O PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL PRETENDE INVESTIR CERCA DE QUATRO BILHÕES DE REAIS NO COMBATE E PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS.  

(Repórter) O slogan do programa é “Crack. É possível vencer”, e as ações estão divididas em três esferas: atendimento aos dependentes e seus familiares, o combate ao tráfico de drogas e a prevenção. O plano prevê ainda a participação dos estados e municípios. A senadora Marta Suplicy, do PT de São Paulo, considerou acertada esse conjunto de ações. 

(Marta Suplicy) Eu gosto muito da forma ampla dessa medida, porque uma coisa é você tratar de quem já está doente; outra coisa é você prevenir para que não fique doente; e outra coisa é a repressão para que a droga não possa entrar ou para que seja inibida a sua distribuição no País. (Larissa Bortoni) O plano nacional para o enfrentamento ao uso do crack e outras drogas prevê um investimento de quatro bilhões de reais e a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, cobrou que esse dinheiro seja realmente aplicado no programa. 

(Ana Amélia) Esperamos que não se repita o mesmo que aconteceu no ano passado, quando o Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack previa o valor de 400 milhões de reais, mas somente 90 milhões foram empenhados, e apenas cinco milhões foram efetivamente usados e pagos para este trabalho de enfrentamento. 

(Larissa Bortoni) O senador Wellington Dias, do PT do Piauí, alertou para a importância de leis para outro tipo de droga. 

(Wellington Dias) Chamo a atenção para a necessidade de pautar o projeto que regulamenta o que é a bebida alcoólica, o que é a bebida que tem um teor de álcool a partir do qual, como diz a Organização Mundial de Saúde, já é classificada como uma droga, que, portanto, oferece risco à saúde, o risco do vício, da dependência química e que por isso tem um tratamento diferenciado. 

(Larissa Bortoni) E o senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, alertou que o combate às drogas passa por mais polícia nas fronteiras. 

(Waldemir Moka) Isso é importante. Eu sou de um Estado na fronteira e me alegrou quando o Ministro disse: “Nós vamos combater é a entrada da droga”. Eu venho dizendo isso há muito tempo. 

(Larissa Bortoni) Uma das primeiras medidas do plano nacional para o enfrentamento ao uso do crack e outras drogas será mudar para 132 o número do serviço telefônico que orienta sobre os perigos do uso de drogas.
07/12/2011, 04h57 - ATUALIZADO EM 07/12/2011, 04h57
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