Zezé Perrella preocupa-se com estádios depois da Copa do Mundo
LOC: COMO VÃO FICAR OS NOVOS ESTÁDIOS DE FUTEBOL DEPOIS DA COPA DO MUNDO?
LOC: A QUESTÃO, QUE TEM SIDO LEVANTADA EM DEBATES SOBRE O MEGA EVENTO DE 2014, PREOCUPA O SENADOR ZEZÉ PERRELLA, QUE CONVERSOU COM O REPÓRTER NILO BAIRROS.
(REPÓRTER): O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse esperar que os estádios construídos para a Copa do Mundo tenham utilidade social depois do evento. Ele chegou a elogiar a iniciativa de Cuiabá, que constrói uma arena para 45 mil espectadores e, terminada a Copa, deverá diminuir o espaço para 25 mil pessoas, reduzindo despesas e mantendo o potencial de aproveitamento. Mas outros casos preocupam. Em Manaus, por exemplo, está sendo erguido estádio para quase 50 mil pessoas, mas no último campeonato amazonense, os clubes de futebol locais não atraíram mais do que 450 torcedores em média, por jogo. Ou seja, nem juntando o público total das 80 partidas de 2011, que somou menos de 38 mil pessoas, daria para encher o Arena Amazonas, que está orçado em pouco menos de 500 milhões de reais. Por isso, cresce no Senado o temor de que esses centros esportivos se transformem em "elefantes brancos", que é como são chamadas estruturas grandes e ociosas. O senador Zezé Perrella, do PDT mineiro, quer controle sobre a aplicação de dinheiro público nessas construções.
(ZEZÉ PERRELLA): Alguns estados que já tem tradição no futebol podem conseguir sobreviver bem com seus estádios. Mas nós sabemos que o custo de manutenção de um estádio é muito grande. Eu não vou citar estado A ou B porque parece discriminação, mas nós sabemos onde o futebol não tem toda essa tradição, fazer um estádio de quase um bilhão de reais que pode ficar às moscas. Então o retorno disso aí me preocupa muito, porque estamos fazendo um investimento bilionário para um evento que dura pouco mais de 30 dias, como é uma copa do mundo.
(REPÓRTER): Para evitar a aplicação de recursos públicos a fundo perdido, Zezé Perrella disse que vai insistir, na subcomissão do Senado que acompanha essas obras, para que o Tribunal de Contas da União e outros órgãos de controle exijam garantias de uso dos estádios antes de liberar mais dinheiro para as obras.
LOC: A QUESTÃO, QUE TEM SIDO LEVANTADA EM DEBATES SOBRE O MEGA EVENTO DE 2014, PREOCUPA O SENADOR ZEZÉ PERRELLA, QUE CONVERSOU COM O REPÓRTER NILO BAIRROS.
(REPÓRTER): O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse esperar que os estádios construídos para a Copa do Mundo tenham utilidade social depois do evento. Ele chegou a elogiar a iniciativa de Cuiabá, que constrói uma arena para 45 mil espectadores e, terminada a Copa, deverá diminuir o espaço para 25 mil pessoas, reduzindo despesas e mantendo o potencial de aproveitamento. Mas outros casos preocupam. Em Manaus, por exemplo, está sendo erguido estádio para quase 50 mil pessoas, mas no último campeonato amazonense, os clubes de futebol locais não atraíram mais do que 450 torcedores em média, por jogo. Ou seja, nem juntando o público total das 80 partidas de 2011, que somou menos de 38 mil pessoas, daria para encher o Arena Amazonas, que está orçado em pouco menos de 500 milhões de reais. Por isso, cresce no Senado o temor de que esses centros esportivos se transformem em "elefantes brancos", que é como são chamadas estruturas grandes e ociosas. O senador Zezé Perrella, do PDT mineiro, quer controle sobre a aplicação de dinheiro público nessas construções.
(ZEZÉ PERRELLA): Alguns estados que já tem tradição no futebol podem conseguir sobreviver bem com seus estádios. Mas nós sabemos que o custo de manutenção de um estádio é muito grande. Eu não vou citar estado A ou B porque parece discriminação, mas nós sabemos onde o futebol não tem toda essa tradição, fazer um estádio de quase um bilhão de reais que pode ficar às moscas. Então o retorno disso aí me preocupa muito, porque estamos fazendo um investimento bilionário para um evento que dura pouco mais de 30 dias, como é uma copa do mundo.
(REPÓRTER): Para evitar a aplicação de recursos públicos a fundo perdido, Zezé Perrella disse que vai insistir, na subcomissão do Senado que acompanha essas obras, para que o Tribunal de Contas da União e outros órgãos de controle exijam garantias de uso dos estádios antes de liberar mais dinheiro para as obras.
