Senadores rebatem tese de que BC agiu politicamente ao baixar juros — Rádio Senado

Senadores rebatem tese de que BC agiu politicamente ao baixar juros

LOC: VÁRIOS SENADORES CONTESTARAM A TESE DE QUE O BANCO CENTRAL AGIU POLITICAMENTE AO BAIXAR OS JUROS. 

LOC: O BC DEFINIU NO DIA 31 DE AGOSTO QUE A TAXA BÁSICA DE JUROS DA ECONOMIA CAIRIA DE 12 VÍRGULA 5 POR CENTO PARA 12 POR CENTO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. 

TÉC: o senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, disse que o Banco Central agiu tecnicamente ao baixar os juros. Em discurso no plenário, Ferraço lembrou que a queda da taxa Selic era cobrada por toda a sociedade. E que autonomia não significa, necessariamente, bater de frente com o governo. (FERRAÇO): A meu juízo nada disso faz o menor sentido. Ou o simples fato de o Banco Central estar em sinergia com a equipe econômica quer dizer perda de autonomia. Desde quando autonomia pressupõe,, necessariamente,e posições antagônicas? A decisão do Copom surpreendeu, sim, mas foi, a meu juízo, uma decisão técnica - disse o senador, que considera a queda um sinal de equilíbrio entre as políticas fiscal e monetária. (REP): Francisco Dorneles, do PP do Rio de Janeiro, destacou ainda que o governo vai economizar bastante com a rolagem da dívida. TEC: (DORNELES) de modo que eu quero congratular-me com o banco central pela redução da taxa selic, que tem enorme repercussão sobre o número das contas públicas, porque cada ponto de aumento da selic representa 10 milhões de aumento dessas despesas. (REP): Já o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, apesar de comemorar a queda dos juros, alertou contra o aumento de gastos previsto na proposta orçamentária do governo para o próximo ano. (ALOYSIO) porque há gastos públicos inúteis, que são como colesterol ruim na veia do organismo social, mas há gastos que são positivos, como os gastos na infraestrutura, que contribuirão para a diminuição de um dos fatores da inflação, que é o chamado Custo Brasil. (REP): A redução da taxa Selic, que é a de referência da economia, foi decidida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. Cinco integrantes do Copom defenderam o corte de meio ponto percentual, outros dois votaram pela manutenção da selic em 12 vírgula 5 por cento. A expectativa de uma recessão no cenário internacional, que contribuiria para a queda da inflação em termos globais, pesou na escolha pela queda dos juros. O Copom volta a se reunir nos dias 18 e 19 de outubro.
06/09/2011, 01h44 - ATUALIZADO EM 06/09/2011, 01h44
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