Representantes de movimentos sociais defendem a legalização do aborto
LOC: AS REPRESENTANTES DE MOVIMENTOS SOCIAIS E DA MARCHA DAS MARGARIDAS DEFENDERAM NESTA QUINTA-FEIRA, NO SENADO, A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO. ELAS DENUNCIARAM TAMBÉM A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES.
LOC: A AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR OS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS DAS MULHERES FOI PROMOVIDA PELA SUBCOMISSÃO EM DEFESA DA MULHER. OS DETALHES COM O REPÓRTER GEORGE CARDIM.
Durante o debate na Subcomissão em Defesa da Mulher, as representantes dos movimentos sociais defenderam o fim da criminalização do aborto e o direito de as mulheres decidirem sobre a interrupção da gravidez. Elas denunciaram a violência contra as trabalhadoras e listaram uma série de projetos que estão em discussão no Congresso Nacional e que, segundo elas, prejudicam os direitos das mulheres. Como por exemplo, as propostas que modificam a Lei Maria da Penha, medidas que aumentam a pena para os casos de aborto, e a uma iniciativa que garante o pagamento de um salário mínimo mensal, por dezoito anos, para as vítimas de estupro grávidas que decidirem manter a gestação. As convidadas cobraram a ampliação do atendimento médico gratuito em casos de violência sexual, para garantir o acesso a métodos para evitar filhos e interromper a gestação. Rosane Silva, Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora, da Central Única dos Trabalhadores, disse que muitas mulheres pobres morrem em conseqüência de abortos clandestinos. (Sônia) A mulher é obrigada a ser mãe. Nós não temos o direito neste país, hoje, de decidir sobre nosso corpo, de decidir se a gente quer ou não quer ser mãe. E esses projetos que hoje estão em pauta no Congresso Nacional não somente nos criminalizam como levam milhões de mulheres à morte neste país. (Cardim) A autora do pedido para o debate, senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, considerou um sucesso a Marcha das Margaridas, que reuniu 45 mil trabalhadoras rurais em Brasília, segundo dados da Polícia Militar. Lídice disse que o Congresso Nacional deve discutir a legalização do aborto e as políticas públicas para garantir o direito de escolha das mulheres. (Lídice) O debate sobre a legalização ou não do aborto no Brasil deve se dar com a mesma liberdade que todos os temas políticos tiveram e tem na realidade nacional. Essa discussão precisa vir para o Congresso Nacional sim. (Cardim) A audiência foi o último ato da quarta edição da Marcha das Margaridas. Durante o evento, as trabalhadoras apresentaram ao governo uma pauta de reivindicações com mais de 150 itens, com medidas para garantir o combate à violência, a participação política e a autonomia da mulher.
LOC: A AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR OS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS DAS MULHERES FOI PROMOVIDA PELA SUBCOMISSÃO EM DEFESA DA MULHER. OS DETALHES COM O REPÓRTER GEORGE CARDIM.
Durante o debate na Subcomissão em Defesa da Mulher, as representantes dos movimentos sociais defenderam o fim da criminalização do aborto e o direito de as mulheres decidirem sobre a interrupção da gravidez. Elas denunciaram a violência contra as trabalhadoras e listaram uma série de projetos que estão em discussão no Congresso Nacional e que, segundo elas, prejudicam os direitos das mulheres. Como por exemplo, as propostas que modificam a Lei Maria da Penha, medidas que aumentam a pena para os casos de aborto, e a uma iniciativa que garante o pagamento de um salário mínimo mensal, por dezoito anos, para as vítimas de estupro grávidas que decidirem manter a gestação. As convidadas cobraram a ampliação do atendimento médico gratuito em casos de violência sexual, para garantir o acesso a métodos para evitar filhos e interromper a gestação. Rosane Silva, Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora, da Central Única dos Trabalhadores, disse que muitas mulheres pobres morrem em conseqüência de abortos clandestinos. (Sônia) A mulher é obrigada a ser mãe. Nós não temos o direito neste país, hoje, de decidir sobre nosso corpo, de decidir se a gente quer ou não quer ser mãe. E esses projetos que hoje estão em pauta no Congresso Nacional não somente nos criminalizam como levam milhões de mulheres à morte neste país. (Cardim) A autora do pedido para o debate, senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, considerou um sucesso a Marcha das Margaridas, que reuniu 45 mil trabalhadoras rurais em Brasília, segundo dados da Polícia Militar. Lídice disse que o Congresso Nacional deve discutir a legalização do aborto e as políticas públicas para garantir o direito de escolha das mulheres. (Lídice) O debate sobre a legalização ou não do aborto no Brasil deve se dar com a mesma liberdade que todos os temas políticos tiveram e tem na realidade nacional. Essa discussão precisa vir para o Congresso Nacional sim. (Cardim) A audiência foi o último ato da quarta edição da Marcha das Margaridas. Durante o evento, as trabalhadoras apresentaram ao governo uma pauta de reivindicações com mais de 150 itens, com medidas para garantir o combate à violência, a participação política e a autonomia da mulher.
