Demora em votação abala credibilidade dos EUA, dizem Requião e Arruda — Rádio Senado

Demora em votação abala credibilidade dos EUA, dizem Requião e Arruda

LOC: A DEMORA DO CONGRESSO DOS ESTADOS UNIDOS EM VOTAR UM ACORDO PARA EVITAR O CALOTE DA DÍVIDA NORTE-AMERICANA ABALOU A CREDIBILIDADE NA MAIOR ECONOMIA DO MUNDO E PODE PREJUDICAR O BRASIL. 

LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA PELOS SENADORES INÁCIO ARRUDA E ROBERTO REQUIÃO, QUE COMENTARAM O PLANO APROVADO PELOS DEPUTADOS DAQUELE PAÍS. O TEXTO DEVE SER ANALISADO AINDA NESTA TERÇA-FEIRA PELO SENADO DOS ESTADOS UNIDOS. REPÓRTER GEORGE CARDIM. 

TÉC: O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu que as negociações entre a Casa Branca, os republicanos e os democratas para fechar um acordo sobre a elevação da dívida foram ¿bagunçadas e levaram muito tempo¿. Após meses de discussão e às vésperas do prazo final para impedir o calote no pagamento das contas, o plano prevê um corte de aproximadamente um trilhão de dólares nos gastos do governo e eleva em dois trilhões de dólares o limite de endividamento americano, para pouco mais de 15 trilhões. A medida vai permitir que o país pegue novos empréstimos e possa pagar suas contas. Os senadores brasileiros disseram que o impasse abalou a credibilidade dos Estados Unidos como bons pagadores. Para o senador Inácio Arruda, do PC do B do Ceará, o acordo representou apenas um suspiro para a maior economia mundial. Inácio Arruda acredita que a demora na votação ajudou a desvalorizar ainda mais o dólar e prejudicou o Brasil, que tem títulos da dívida americana. (Inácio Arruda) Nós já sofremos o calote americano. O acordo é uma espécie de suspiro mundial. Um certo alívio -(respira fundo)- para não ser pior do que está sendo. Acho que continua a desconfiança fortíssima a respeito da economia americana. (Cardim) O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, criticou a decisão dos americanos de cortar investimentos públicos em um momento de crise econômica. Ele disse que a medida vai aprofundar a recessão nos Estados Unidos, afetar o resto do mundo e as exportações brasileiras. (Requião) (Cardim) Nos Estados Unidos, o Congresso é responsável por definir o teto da dívida federal. O Brasil não tem um limite para sua dívida pública, que somou um trilhão e 800 bilhões de reais em junho. A Lei de Responsabilidade Fiscal impôs um teto de endividamento, mas ele vale apenas para estados e municípios.
02/08/2011, 01h47 - ATUALIZADO EM 02/08/2011, 01h47
Duração de áudio: 02:17
Ao vivo
00:0000:00