Subcomissão debateu políticas públicas para o combate às drogas — Rádio Senado

Subcomissão debateu políticas públicas para o combate às drogas

LOC: A SUBCOMISSÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS PARA COMBATER O USO DO CRACK E DE OUTRAS DROGAS FOI CRIADA EM MARÇO. DE LÁ PARA CÁ OUVIU REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO, DA SOCIEDADE CIVIL E DE ORGANISMOS INTERNACIONAIS. LOC: SAIBA MAIS SOBRE O TRABALHO DA SUBCOMISSÃO AGORA NESTA REPORTAGEM DE PATRÍCIA NOVAES. Convencido de que o consumo de Crack no País já virou epidemia e estimulado pela disposição da presidente Dilma Roussef de priorizar o combate à droga, o senador Wellington Dias, do PT do Piauí propôs em fevereiro, a criação de uma subcomissão ligada à comissão de Assuntos Sociais, para discutir políticas públicas de tratamento e de prevenção ao uso de drogas. Na ocasião ele afirmou que o Senado, a sociedade civil e o governo poderiam juntos encontrar uma solução para o problema. (WELLINGTON DIAS): Eu mesmo listei 15 grandes medidas que o Brasil precisa tomar, se quiser dar solução, voltado para profissionalizar 14.700 profissionais em 844 municípios do Brasil. Isto é uma alternativa porque praticamente não temos muitos profissionais, regiões que estão vivendo esta epidemia e não tem nenhum profissional ali. (REPÓRTER) Em março, foi criada a Subcomissão de Políticas Sociais sobre dependentes químicos de álcool, Crack e outras drogas e Wellington Dias foi eleito presidente do colegiado. Logo em seguida, a Subcomissão iniciou um ciclo de debates. Representantes dos ministérios da Educação, do Trabalho e do Desenvolvimento Social, além de organizações civis reconheceram a necessidade de que governo e sociedade civil caminhassem juntos para combater o avanço do crack no País. Ainda durante as discussões, os senadores tiveram acessos a dados alarmantes. Estudo da UFRJ mostra que a idade média de usuários de Crack no Brasil é de apenas 13 anos e que o País já tem cerca de um milhão e duzentos mil dependentes da droga. O presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital Correia Lima defendeu a estruturação de uma rede nacional de atendimento para esses dependentes. E o coordenador do Ministério da Saúde, Roberto Kinoshita, reconheceu que o avanço no uso do Crack nas diversas regiões do País demanda intervenções integradas do Poder Público. (ROBERTO KINOSHITA) a difusão do crack traz um prejuízo muito grande para as camadas mais pobres da população, também. Então isso vai demandar intervenções mais intersetoriais, porque diz respeito à melhoria da condição econômica, da moradia, da educação, que envolve outros setores que não só o tratamento especificamente da saúde. (REPÓRTER) ¿ A partir de maio representantes de organismos internacionais apresentarem aos senadores as experiências adotadas por outros países na luta contra as drogas e na recuperação de viciados. Também foram realizadas visitas para os senadores conhecerem projetos de atendimento a viciados. A subcomissão do Crack deveria encerrar seus trabalhos em junho mas teve o prazo prorrogado por três meses. Assim, em setembro a relatora, senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul deve apresentar relatório sobre o tema. Mas o trabalho já tem resultados concretos. Durante uma das audiências a secretária de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Zilmara Alencar, anunciou que os dependentes químicos seriam alvo de políticas específicas de reinserção social. A decisão foi tomada depois de um pedido do senador Wellington Dias ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
21/07/2011, 07h06 - ATUALIZADO EM 21/07/2011, 07h06
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