Sarney defende divulgação de documentos que não sejam históricos — Rádio Senado

Sarney defende divulgação de documentos que não sejam históricos

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO, JOSÉ SARNEY, DO PMDB DO AMAPÁ, DEFENDEU A DIVULGAÇÃO DE DOCUMENTOS OFICIAIS QUE NÃO SEJAM HISTÓRICOS. LOC: O SENADOR JOSÉ SARNEY GARANTE QUE O PROJETO QUE TRATA DO SIGILO DE INFORMAÇÕES DO GOVERNO VAI SER VOTADO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN: O projeto que trata da divulgação de documentos ultrassecretos não deverá ser votado no prazo de 45 dias. É que o governo deve retirar a urgência da proposta a pedido de um grupo de senadores. O projeto, já aprovado pela Câmara dos Deputados, prevê sigilo dessas informações pelo prazo de 50 anos. Atualmente, os documentos oficiais ultrassecretos ficam inacessíveis ao público pelo prazo de 30 anos prorrogáveis indefinidamente. As informações sobre a guerra do Brasil com o Paraguai, ocorrida há mais de 140 anos, continuam sob sigilo. O presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá, defendeu tranqüilidade na discussão do projeto. Ele se declarou favorável à divulgação de documentos da história recente. Mas afirmou que na condição de historiador e intelectual, é contrário à publicidade das informações relacionados à formação do Brasil no que diz respeito à definição das fronteiras do país. (Sarney) Falei de documentos históricos, não falei em documentos atuais. Se pegarmos nosso acervo histórico do Itamaraty, e da construção das fronteiras, e formos divulgar neste momento, vamos abrir fronteiras com os países vizinhos. Nossos antepassados deixaram nossas fronteiras consolidadas. Para que abrir agora? REP: O presidente do Senado alertou que a abertura e divulgação de determinados documentos no Brasil poderá provocar uma espécie de wikileaks, uma página na internet que divulgou documentos secretos da diplomacia dos Estados Unidos. (Sarney2) podemos fazer wikleaks da história do Brasil e da construção das fronteiras. Quanto aos documentos atuais, não tenho nenhuma restrição. Acho que devem ser abertos e publicados. Quero melhorar o projeto. Não quero que ele não exista. REP: O projeto que trata do sigilo dos documentos oficiais está na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
14/06/2011, 03h55 - ATUALIZADO EM 14/06/2011, 03h55
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