Comissão debate reflexos da política externa dos EUA, UE e Rússia
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES PROMOVEU NESTA SEGUNDA-FEIRA O QUARTO PAINEL SOBRE OS ¿RUMOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA 2011-2012¿.
LOC: DESTA VEZ O DEBATE FOI SOBRE OS REFLEXOS, NO CENÁRO INTERNACIONAL, DA POLÍTICA EXTERNA DOS ESTADOS UNIDOS, UNIÃO EUROPEIA E RÚSSIA. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI.
Foram convidados a conversar com os senadores os professores Gilberto Sarfati, da Fundação Getúlio Vargas, Luis Fernando Ayerbe, da Universidade Estadual Paulista, Ângelo Segrillo, da Universidade de São Paulo, e Christofer Coker, da London School of Economics. Ângelo Segrillo fez um panorama histórico sobre a política externa da Rússia, e disse que país asiático-europeu é o mais afinado com o Brasil entre os Brics, como são chamadas as nações de economia emergente. (ANGELO SEGRILLO) Dentro dos Brics a Rússia é o que está mais próximo ao Brasil, a questão do assento permanente a Rússia é que claramente apóia, a China e a Índia estão naquela ambigüidade mas a Rússia claramente apóia, é o país onde houve mais visitas presidenciais para lá e para cá, então eu acho que a relação com a Rússia é interessante porque a Rússia pode servir como um sensibilizador dos outros Brics para também serem mais sensíveis ao Brasil (Celso) Com relação à União Européia, o professor Gilberto Sarfati citou a França e a Itália para dizer que enxerga um movimento de reforço ao nacionalismo nos países do continente, com reflexos claros na sua política externa. (GILBERTO SARFATI) A França tem uma cultura monolítica, a Itália tem uma cultura monolítica, imigrantes marroquinos, imigrantes tunisianos, apesar da presença colonial que houve na França no fundo eles não querem que esses imigrantes façam parte da França transformando a cultura francesa em uma outra coisa. E qual o principal ponto? É esse, um forte nacionalismo de identidade cultural. (Celso) Ao falar sobre a política externa norte-americana, Luis Fernando Ayerbe ressaltou que, na sua opinião, a América Latina não é uma prioridade para o governo de Barack Obama. (Luis Fernando) realmente Obama não chegou a apresentar qual é sua política específica para a América Latina apesar de que durante a campanha ele colocou a renovação da liderança EUA na região, mas não há nenhuma política clara. (Celso) O próximo painel do ciclo de audiências ¿Rumos da política externa brasileira 2011-2012¿, marcado para a segunda-feira da semana que vem, terá como foco as relações internacionais da China, Índia e África do Sul.