Comissão aprova acordo que triplica o valor da energia paga pelo Brasil — Rádio Senado

Comissão aprova acordo que triplica o valor da energia paga pelo Brasil

LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL DO SENADO APROVOU O ACORDO QUE AUMENTA EM TRËS VEZES O VALOR DA ENERGIA DE ITAIPU PAGA PELO BRASIL AO PARAGUAI. LOC: A MATÉRIA AGORA SEGUE COM URGÊNCIA PARA O PLENÁRIO. Itaipu é a maior hidrelétrica do mundo e produz 25% da energia consumida no Brasil. O acordo entre Brasil e Paraguai que permitiu a construção da Hidrelétrica Binacional assegurou aos dois países o direito de adquirir a energia não usada pelo outro, o que é o caso do Brasil, que consome 95 % da energia de Itaipu e paga hoje 120 milhões de dólares anuais, valor que corresponde a quase 20 por cento da receita do Paraguai. O acordo em discussão no Senado triplica, para cerca de 360 milhões de dólares, o valor repassado anualmente pelo Brasil. No texto, assinado em 2005 entre Brasil e Paraguai, o ex-presidente Lula assumiu o compromisso de que o Tesouro Nacional arcaria com o custo do aumento, e que o consumidor não seria prejudicado. A relatora da matéria na Comissão de Relações Exteriores, senadora Gleisi Hoffman, do PT do Paraná, que foi diretora de Itaipu, defendeu o aumento do valor pago. Ela pediu urgência alegando que a votação desse acordo, aguardada há 17 meses no Congresso, deve ser feita logo. (GLEISE) Nos estamos tendo uma energia barata, um energia a custo de energia velha, de uma usina que está quase toda depreciada, independente de ser pelo custo ou pelo preço, é uma energia barata. Itaipu é pelo custo porque é auto-financiada. não vamos ter nenhum outro empreendimento, mesmo os novos que estão surgindo que serão autofinanciados. (REP) O senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB de Pernambuco, apresentou um relatório alternativo, contrário ao projeto. (JARBAS) no momento atual em que o consumidor começa timidamente a pagar um valor competitivo vem o Paraguai de um lado fazer exigência de concessões em desfavor do consumidor brasileiro e de outro lado vem o governo brasileiro concordar com todas elas. há uma série de argumentos contrários ao projeto o qual tem cunho exclusivamente ideológico. (REP) O projeto segue agora com urgência para o plenário do Senado.
28/04/2011, 01h50 - ATUALIZADO EM 28/04/2011, 01h50
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