Comissão debate viabilidade do projeto do trem-bala

LOC: SE DEPENDER DAS CONCLUSÕES DE AUDIÊNCIA PÚBLICA PROMOVIDA PELA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DO SENADO, A MEDIDA PROVISÓRIA QUE PREVÊ A CONSTRUÇÃO DO TREM BALA ENTRE RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO SERÁ REJEITADA. LOC: SENADORES RECEBERAM ESPECIALISTAS NO ASSUNTO, NESTA TERÇA-FEIRA, E A MAIORIA ACREDITA QUE O DINHEIRO PÚBLICO PODERIA SER MELHOR INVESTIDO. Dos cinco convidados, três se posicionaram contra o projeto do trem bala. Seja porque ele inclui dinheiro público, com riscos para o Tesouro Nacional, ou porque haveria outras prioridades para aplicar esse dinheiro. O custo para o tesouro ajudar a colocar nos trilhos o chamado Trem de Alta Velocidade pode chegar a 35 bilhões dos 50 bilhões de reais previstos para o projeto. De acordo com a medida provisória 511, que deve ser votada esta semana pelo Senado, o BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, pode assumir uma garantia no valor de 20 bilhões de reais. Além disso, a emepê assegura um aporte de mais cinco bilhões de reais ao consórcio vencedor, caso a demanda de passageiros fique abaixo do esperado. Mas há outras questões. Afora os convidados que têm relação direta com o projeto, os demais concordaram que para melhorar o transporte de passageiros é preciso antes resolver o problema do transporte de cargas. Alguns senadores lembraram que o congestionamento da Via Dutra, que liga São Paulo e Rio de Janeiro, está relacionado ao excesso de caminhões. O senador Valdemir Moka, do PMDB do Mato Grosso do Sul, chegou a sugerir que o dinheiro do trem bala seja usado nas outras ferrovias: Valdemir Moka - Coloca o BNDES para financiar 20 bilhões nas nossas ferrovias, nós vamos reformular as ferrovias do nosso país e tenho certeza de que vamos ter um melhor escoamento, vamos baratear os custos de nosso produtos e vamos retirar milhares de carretas de nossas estradas. Rep: já o senador Lindbergh Farias, do PT fluminense, afirmou que hoje já existe inchaço nos aeroportos de Rio e São Paulo, e pediu aos colegas que pensem no futuro: Lindbergh - Não é a visão do país que se pretende a quinta economia do mundo, tem que ter planos ambiciosos, e digo mais: esse projeto pode estimular a ampliação dos metrôs nos estados, é a mudança de discussão de paradigma, vale dizer que a presidente Dilma tem um DNA aí, a discussão sobre trens volta ao país com a atuação dela na Casa Civil, pras pessoas terem a noção de investimentos em ferrovias que estão sendo feitos no país. Rep: A emepê que prevê financiamento para o trem bala deve ser votada até essa quinta-feira em plenário. A AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA SOBRE O TREM BALA REUNIU O DIRETOR GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES, BERNARDO FIGUEIREDO; E O SUPERINTENDENTE DE PROJETOS DO BNDES, HENRIQUE AMARANTE DA COSTA PINTO. TAMBÉM PARTICIPARMA COMO EXPOSITORES O CONSULTOR DO SENADO, MARCOS MENDES; O CONSULTOR DE TRANSPORTES, JOSEPH BARAT; E O DIRETOR DO INSTITUTO DE LOGÍSTICA DO INSTITUTO SUPLY CHAIN, PAULO FLEURY.