Greenpeace defende paralisação do programa nuclear brasileiro — Rádio Senado

Greenpeace defende paralisação do programa nuclear brasileiro

LOC: A ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL AMBIENTALISTA GREENPEACE DEFENDEU ESTA SEMANA A PARALISAÇÃO DO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO. LOC: O TEMA FOI DISCUTIDO PELO SENADO FEDERAL EM UMA CPI DE 1975 E VOLTA A REPERCUTIR ENTRE OS SENADORES, QUE REINICIARAM A DISCUSSÃO EM DIVERSAS COMISSÕES PERMANENTES DA CASA. O acidente nuclear na cidade de Fukushima, no Japão, depois de um terremoto seguido de uma onda gigante no início do mês de março, trouxe de volta à pauta de discussões a questão de segurança na exploração de energia atômica em todo o mundo. No Brasil, uma primeira audiência pública foi promovida no dia 23 de março no Senado Federal. Nesta última quarta-feira o coordenador da campanha de energias renováveis da ONG Greenpeace, Roberto Baitelo, defendeu, em entrevista, a paralisação do programa nuclear brasileiro e o abandono da construção da usina de Angra 3. O senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, avalia que o país não deve tomar uma decisão precipitada, mas aponta que o plano de emergência para evacuar a população de Angra dos Reis em caso de um eventual acidente, é hoje uma fragilidade. (0331Lindbergh_Nuclear ¿ 29¿) ¿Ninguém quer satanizar nosso programa nuclear, mas tem um problema que é justamente esse plano de emergência externa, de cara! Nós tiramos uma comissão externa dessa casa, que vai visitar Angra I e Angra II na próxima semana. A nossa idéia não é discutir só, olhar as instalações. Queremos olhar as instalações, mas queremos discutir com a cidade, com prefeitos, com vereadores, com associações de moradores. Porque veja bem: qualquer chuva interrompe aquela Rio-Santos, qualquer chuva!¿ (Rogério) Em uma outra audiência, na Assembleia Legislativa fluminense, o prefeito de Angra dos Reis, Tuca Jordão, afirmou que a cidade não está preparada para uma evacuação e que os cidadãos já estão tão acostumados aos constantes exercícios, que mal escutam as sirenes de alarme. O senador Marcelo Crivella, do PRB, do Rio de Janeiro, avalia que é necessária cautela na análise estratégica do programa nuclear brasileiro. (0331Crivella_Nuclear ¿ 23¿) ¿Eu não digo que a gente deva abandonar, mas nós podemos estudar com tranqüilidade. Nós não `tamos¿ como a França. Eles não têm tempo para estudar isso com tranqüilidade, porque eles dependem. Eles não têm rios, eles não podem construir biocombustíveis, eles não têm espaço. Nós temos! Então, eu quero dizer o seguinte: que nós precisamos fazer um amplo debate e nos dar condições de nos preparar (sic).¿ (ROGERIO) No Brasil as usinas nucleares respondem por menos de três por cento de toda a geração de energia. O caso é diferente na França, onde 43 usinas nucleares respondem por 70% do suprimento de energia elétrica.
31/03/2011, 06h24 - ATUALIZADO EM 31/03/2011, 06h24
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