Há seis anos morria no Pará a missionária vítima dos conflitos de terra — Rádio Senado

Há seis anos morria no Pará a missionária vítima dos conflitos de terra

LOC: HÁ SEIS ANOS, NO DIA 12 DE FEVEREIRO, MORRIA NO PARÁ A MISSIONÁRIA DOROTHY STANG, VÍTIMA DOS CONFLITOS DE TERRA NA AMAZÔNIA. LOC: A SENADORA MARINOR BRITO, DO PSOL PARAENSE, LAMENTOU QUE AINDA HOJE A REGIÃO CONVIVA COM A DISPUTA FUNDIÁRIA E A EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA. A irmã Dorothty Stang nasceu nos Estados Unidos, mas dedicou sua vida religiosa às populações rurais da Amazônia. Desde a década de 70 ela lutou pela melhoria das condições de vida dessas comunidades. Um de seus principais focos de atuação foi a tentativa de acabar com os conflitos envolvendo as disputas pela terra na região. E foi justamente esse trabalho que levou ao assassinato da missionária, no dia 12 de fevereiro de 2005, aos 73 anos de idade. Dorothy Stang levou seis tiros, e morreu em uma estrada de terra na zona rural do município de Anapu, no Pará. No local foi criado o projeto de desenvolvimento sustentável boa esperança, que se tornou referência nacional em termos de assentamento agrário. O sexto aniversário da morte da missionária está sendo lembrado em uma programação especial, tanto na capital do estado, Belém, quanto na cidade de Anapu. A senadora Marinor Brito, do PSOL do Pará, que participa dessas celebrações, salienta que irmã Dorothy foi um exemplo pela luta contra o latifúndio na Amazônia. Porém ela lamenta que até hoje a região é palco de conflitos de terra e exploração ilegal de madeira. (MARINOR) agora recentemente eu estive em audiência com o ministro da justiça solicitando um apoio da força nacional a pedido do ministério público federal, porque os madeireiros da região conseguiram infiltrar pessoas no acampamento e estavam desviando na madrugada, saindo com os caminhões de madeira como se nada tivesse acontecido, como se nunca tivesse feito o anúncio para o mundo de que ali tinha um movimento de resistência em defesa da Amazônia. (Celso) O acusado de ser o mandante do assassinato foi o fazendeiro Vitalmiro Moura, condenado em júri popular a 30 anos de prisão.
11/02/2011, 02h48 - ATUALIZADO EM 11/02/2011, 02h48
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