Dilma faz sua primeira viagem ao exterior como presidente da República — Rádio Senado

Dilma faz sua primeira viagem ao exterior como presidente da República

LOC: DILMA ROUSSEF FAZ NESTA SEGUNDA-FEIRA SUA PRIMEIRA VIAGEM OFICIAL AO EXTERIOR COMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

LOC: O PAÍS ESCOLHIDO FOI A ARGENTINA, ONDE DILMA FOI RECEBIDA NA CASA ROSADA E COM UM ALMOÇO DE HONRA PREPARADO PELO GOVERNO KIRCHNER, NO PALÁCIO SAN MARTÍN.

LOC: TRATA-SE DO PRIMEIRO ENCONTRO OFICIAL ENTRE AS DUAS ÚNICAS MULHERES QUE HOJE PRESIDEM PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL. E O FUTURO DO BLOCO COMERCIAL É UM DOS ASSUNTOS QUE DEVEM MARCAR AS DISCUSSÕES NO SENADO, QUE INICIA NOVA LEGISLATURA NESTE PRIMEIRO DE FEVEREIRO.

Dilma Rousseff escolheu para a primeira viagem oficial como presidente da República a vizinha Argentina, um dos quatro países do Mercosul. A escolha da Argentina como primeiro país para viagem oficial traz um valor simbólico importante, até porque as Dilma e Cristina são hoje as únicas mulheres a ocupar a presidência de um país da América do Sul. Além do estreitamento das relações bilaterais, há uma forte pauta comercial. Segundo dados do governo brasileiro, o volume anual de comércio Brasil-Argentina é de 33 bilhões de dólares, o que representa um crescimento de mais de mil por cento em 20 anos. A balança comercial é favorável ao Brasil, e o saldo em 2010 superou 4 bilhões de dólares. No Senado, o fortalecimento do Mercosul esteve em constante discussão na última legislatura, no plenário e especialmente na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. O Ingresso da Venezuela como membro pleno do Mercosul foi tema polêmico e acabou aprovado pelo Congresso brasileiro, mas falta ainda a aprovação dos paraguaios. Na última reunião da Comissão de Reações Exteriores, em dezembro de 2010, a criação de escolas técnicas binacionais na fronteira do Brasil com o Uruguai foi saudada pelos senadores como exemplo do que pode ser o Mercosul. Na presidência da reunião, o senador Geraldo Mesquita Júnior, do PMDB do Acre, que deixa o Senado, disse que a integração deve abranger outras esferas, como a educação e a cultura. (MESQUITA) Nós avançamos muito pouco no que diz respeito ao processo de integração da região, já que na visão comercial ela não se realizou plenamente...abrangendo quatro países apenas...acho até que o Mercosul se deveria abrir para outros níveis de comprometimento, não só o comercial. (REP) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, reeleito, disse que o próprio nome Mercosul restringe a integração à economia e à união aduaneira. (CRISTOVAM) Fico incomodado com esse nome Mercosul, nós mercantilizamos a união dos nossos países, tinha que ser um nome que indicasse a união dos países do sul, que indicasse a sociedade do ponto de vista de como é o casamento dos países do sul. mas não a união de mercado. os europeus começaram com a união de mercado e chegaram à união européia... temos que mudar esse nome, já ficou para traz. foi o ponto de partida, mas hoje tem que ser o Mercosul da educação, da cultura. (REP) No discurso de posse no Congresso, em janeiro, Dilma Roussef afirmou que além de aprofundar o relacionamento com os Estados Unidos e com a União Européia, o novo governo pretende dar grande atenção aos países emergentes, dando consistência cada vez maior ao Mercosul e à Unasul.
31/01/2011, 00h40 - ATUALIZADO EM 31/01/2011, 00h40
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