Parlamento é contra escolha de representantes sem mandato eletivo — Rádio Senado

Parlamento é contra escolha de representantes sem mandato eletivo

LOC: O PARLAMENTO DO MERCOSUL DIVULGOU UMA NOTA OFICIAL CONTRÁRIA À ESCOLHA DE REPRESENTANTES BRASILEIROS SEM MANDATO ELETIVO PARA O LEGISLATIVO DO BLOCO. LOC: O TEXTO FOI ELABORADO NO MESMO DIA QUE O PARLASUL ENCAMINHOU AO CONSELHO DO MERCADO COMUM UMA RECOMENDAÇÃO SOBRE O TEMA. Pela manhã, uma recomendação genérica, dizendo que nenhum país do Mercosul deveria escolher representantes que não tivessem voto. No início da noite, um repúdio com nome e sobrenome. Por meio de nota oficial, a Mesa do Parlamento do Mercosul se disse ¿alarmada¿ com especulações que surgiram no Brasil, de que em 2011 o legislativo regional poderia ser integrado por pessoas sem mandato eletivo, ou seja, sem votos para o Congresso Nacional. Depois do anúncio de que o Parlasul recomendou ao Conselho Comum do bloco econômico que os representantes de todos os países tenham "mandatos vigentes outorgados pelo voto popular", o senador Mão Santa, do PSC do Piauí, que é contra o acúmulo de cargos de parlamentar no Brasil e no Mercosul, criticou a decisão, no plenário do Senado. TÉC: (Mão Santa) É a sabedoria popular, que diz que quem toca sino não acompanha a procissão. então, eles exigem já exclusividade, dedicação. (Repórter) No primeiro artigo da nota, a Mesa Diretora do Parlamento manifesta ¿seu mais enérgico repúdio à hipótese¿, e diz que somente pessoas eleitas pelo voto popular têm legitimidade para integrar o Parlasul. Alerta ainda que a escolha de pessoas sem mandato resultaria em fragilidade e até na paralisação da instituição. O deputado brasileiro Dr. Rosinha, do PT do Paraná, integrante da Mesa Diretora, foi uma das vozes contra a entrada dos chamados ¿sem-mandato¿ no parlamento do Mercosul (Dr. Rosinha) Não só o protocolo deixa claro que não pode, mas como forçar, como alguns estão querendo forçar, é um casuísmo. Um casuísmo daqueles que tem conseqüências políticas graves, não só jurídicas. As políticas, na minha opinião, são um desrespeito ao Parlamento do MERCOSUL, é um desrespeito ao MERCOSUL e é um desrespeito ao povo do MERCOSUL. (Repórter) Ainda na nota, a Mesa lembra que o Parlamento do Mercosul recomendou ao Congresso Brasileiro que mantenha, até a eleição direta dos representantes, o acúmulo de cargos ¿ quem atua no Parlamento hoje tem mandato de deputado ou de senador. A proposta aprovada no plenário do Parlamento estende até 2014 o prazo para todos os países concluírem a escolha direta dos parlamentares do Mercosul.
13/12/2010, 06h46 - ATUALIZADO EM 13/12/2010, 06h46
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