Simon pede que STF diga sim à Lei da Ficha Limpa — Rádio Senado

Simon pede que STF diga sim à Lei da Ficha Limpa

LOC: HOJE É UM DIA DECISIVO PARA A LEI DA FICHA LIMPA: O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DEVE DECIDIR NA TARDE DESTA QUARTA-FEIRA SE A LEGISLAÇÃO VAI VALER PARA AS ELEIÇÕES DESTE ANO. 

LOC: EM ENTREVISTA À RADIO SENADO, O SENADOR PEDRO SIMON FEZ UM APELO AOS MINISTROS DO STF: QUE ELES DIGAM "SIM" À APLICAÇÃO IMEDIATA DA FICHA LIMPA. 

TÉC: Eu rezo a Deus para que ele inspire os nossos ministros do Supremo, pessoas honradas, capacitadas, bem intencionadas, para que eles se compenetrem na hora que estamos vivendo. (REPÓRTER) Católico devoto de São Francisco de Assis, Pedro Simon, do PMDB do Rio Grande do Sul, exerce o quarto mandato no Senado. O parlamentar de 80 anos está na expectativa: hoje o Supremo Tribunal Federal deve decidir se a Lei da Ficha Limpa, aprovada em maio pelo Congresso, vale para as eleições deste ano. O STF vai julgar um recurso do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, que teve a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral. O TSE entendeu que Roriz, ao renunciar ao mandato de senador em 2007 para escapar de um processo de cassação, está enquadrado na Lei da Ficha Limpa e não pode disputar a eleição para governador. É o primeiro caso que vai ser julgado pelo plenário do Supremo e deve servir de parâmetro para recursos apresentados por outros candidatos. Para o senador Pedro Simon, os ministros do STF estão diante de um momento histórico. (SIMON) Se for confirmada a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, o Brasil hoje começa a viver uma nova realidade: termina a impunidade e começamos a ter respeito pela ética, pela dignidade e pela seriedade. (REPÓRTER) O veterano senador diz que a sua expectativa reflete o sentimento da sociedade brasileira. (SIMON) Os ministros do Supremo, eu entendo, têm as suas convicções, têm seus princípios, e eu devo respeitá-los. Mas eu, nos meus 80 anos, vivendo e convivendo na vida pública, eu posso dizer, com toda a sinceridade: nós estamos vivendo num momento, numa expectativa imensa. (REPÓRTER) A defesa de Joaquim Roriz argumenta que a Lei da Ficha Limpa não pode ter aplicação imediata porque foi aprovada menos de um ano antes das eleições. E que a lei não pode retroagir para punir infrações ocorridas antes da entrada em vigor da nova regra. Na opinião de Pedro Simon, o Supremo Tribunal Federal não pode tomar uma decisão apenas com base nos aspectos jurídicos; também deve levar em conta qual é o sentimento da população. (SIMON) Claro que tem a convicção, tem a lei, tem as normas, tem a atenção, tem a jurisprudência, tem tudo o mais. Mas o dia a dia, o que está acontecendo, a realidade de nosso país, a desmoralização das nossas instituições, a falta de credibilidade da opinião pública na classe política e na falta de justiça, eu acho que hoje, se hoje algumas pessoas sentirem o peso da verdade, nós estaremos mudando o nosso Brasil. Hoje é o dia: ou de um baque muito grande ou de uma vitória espetacular. Queira Deus que o Supremo acerte. (REPÓRTER) Os dez ministros do Supremo devem participar do julgamento do caso Joaquim Roriz. Especialistas preveem um placar apertado contra ou a favor da Lei da Ficha Limpa e até num resultado de cinco a cinco. Em caso de empate, o presidente do STF, Cezar Peluso, votará novamente, e a decisão final estará nas mãos dele. O franciscano Pedro Simon disse que está rezando a Deus para pedir inspiração ao Supremo Tribunal Federal. E em relação a Cezar Peluso? (SIMON) Eu tô rezando dez vezes a Deus para ele. 
22/09/2010, 12h05 - ATUALIZADO EM 22/09/2010, 12h05
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