Presos vão ser monitorados por tornozeleiras eletrônicas — Rádio Senado

Presos vão ser monitorados por tornozeleiras eletrônicas

LOC: SENADORES DESTACAM VANTAGENS DO USO DE TORNOZELEIRAS ELETRÔNICAS POR PRESOS BENEFICIADOS PELOS REGIMES ABERTO OU SEMIABERTO. 

LOC: O GOVERNO DE SÃO PAULO ASSINOU CONTRATO QUE PERMITE ESSE TIPO DE MONITORAMENTO DE DETENTOS NO ESTADO, COMO EXPLICA A REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: O governo de São Paulo assinou um contrato de prestação de serviços destinado ao monitoramento eletrônico de presos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou em maio a lei aprovada pelo Senado que prevê a colocação de tornozeleiras nos detentos em regime semi-aberto ou aberto. Aqueles que têm o direito a trabalhar ou conseguem saídas temporárias passarão a usar um aparelho parecido com um relógio no tornozelo. O equipamento emitirá sinais que vão mostrar a localização do preso em tempo real. O senador Jayme Campos, do Democratas de Mato Grosso, prevê uma economia de recursos para os cofres públicos com a tornozeleira eletrônica. Além disso, avalia que os casos de reincidência vão reduzir. (Jayme) Já existe em outros países. Lamentavelmente, o Brasil demorou para aplicar. Muitos alegam que era falta de recursos. No que pesa um preso, acho isso um grande avanço principalmente porque vamos reduzir os custos. Além disso, o preso terá a sensação de estar sendo monitorado, não pode praticar nenhum ato ilícito na medida que facilmente será recolhido à cadeia. (Repórter) O senador Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo, acredita que o uso da tornozeleira eletrônica não vai gerar preconceito para o detento, que não será identificado por ela nas ruas. (Suplicy) Acho positivo as pessoas quando ainda estão cumprindo pena ter autorização para sair da prisão por alguns dias, no Natal ou Semana Santa, e que possam ser acompanhados em sua trajetória. Do ponto de vista de quem a utiliza não há qualquer situação de estigma, mas ele tem a responsabilidade de não cometer algum outro delito. (Repórter) Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, a empresa que oferecerá o serviço não vai ter acesso aos dados do preso, que aparece no sistema como um número. Se ele retirar o equipamento, será punido, podendo inclusive perder o benefício do regime diferenciado. Apenas São Paulo e Pernambuco já aderiram à tornozeleira eletrônica.
14/09/2010, 02h01 - ATUALIZADO EM 14/09/2010, 02h01
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