Antenor Ferreira — Rádio Senado
Escala Brasileira

Antenor Ferreira

Antenor Ferreira é Doutor em Música, Maestro e professor. Coordena um projeto de extensão com universitários para produzir material didático sobre gêneros musicais. O projeto Academia do Ritmo foi implantado em 2012. Carimbó, maracatu, catira e fandango são algumas das expressões musicais trabalhadas pelo projeto Academia do Ritmo. Todas as escolas públicas e privadas do Brasil, que atendem a educação básica, devem oferecer o ensino da música em suas grades curriculares. A exigência é da Lei 11.769, de 18 de agosto de 2008. No entanto, há carência de profissionais capacitados para lecionar, bem como de material didático específico. Diante disso, o projeto de extensão Academia do Ritmo tem pesquisado e produzido materiais pedagógicos para serem utilizados em cursos de música nos ciclos fundamental e médio, além de realizar oficinas de capacitação para professores da disciplina.

O grupo de alunos e professores da UnB já produz a segunda edição do CD de músicas do projeto. Até agora, cinco faixas do álbum foram gravadas, e a expectativa é de que o novo CD seja lançado em janeiro do ano que vem. O material fonográfico deve acompanhar a publicação do primeiro livro didático do grupo, que tem sido produzido desde 2012. Num primeiro momento, o material gráfico não deve abastecer as bibliotecas da rede pública de ensino. Por enquanto, será produzida apenas a matriz do livro, que deve ser pioneiro na construção didático pedagógica sobre gêneros musicais brasileiros. Diz o coordenador do grupo, Antenor Ferreira: “Nós apresentamos todas as características de uma manifestação e juntamos a uma proposta didática. Também compomos músicas originais, baseadas nos gêneros tradicionais, que devem ser utilizadas pelo professor como um exercício, a partir da reprodução pelo estudante."

Para o professor, os treinos oferecidos pelo material didático da Academia do Ritmo podem ter o mesmo grau de contribuição para estimular habilidades de coordenação e independência motora. No início, a equipe possuía quatro estudantes bolsistas e dois voluntários. No mesmo ano – financiado pelo edital UnB 50 anos – o grupo produziu um CD com 11 faixas instrumentais. Em 2014, graças ao investimento de R$ 50 mil do Ministério da Educação, por meio do Programa de Extensão Universitária (Proext), o projeto da UnB ganhou dois novos bolsistas, e a oportunidade de produzir um segundo disco. Ouviremos: O Cerrado é lindo, Primeiros Passos, Samba pro Juarez e Mistura e Manda.

11/11/2016, 16h00 - ATUALIZADO EM 14/11/2016, 11h28
Duração de áudio: 28:41
28:41Antenor Ferreira
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