Boletim.leg - Edição das 22h — Rádio Senado
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Boletim.leg - Edição das 22h

Dois anos depois, atos de 8 de janeiro ainda dividem opinião de senadores. Índice elevado de violência política de gênero preocupa Procuradoria Especial da Mulher do Senado.

08/01/2025, 19h22
Duração de áudio: 05:18

Transcrição
DOIS ANOS DEPOIS, ATOS DE 8 DE JANEIRO AINDA DIVIDEM OPINIÃO DE SENADORES Tem sempre gente disposta a romper aquilo que há de mais sagrado na convivência das pessoas, que é a democracia//E a gente vê pessoas que estavam com com a Bíblia, com a bandeira do Brasil, sem nenhuma arma, sendo aí responsabilizadas. ÍNDICE ELEVADO DE VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO PREOCUPA PROCURADORIA ESPECIAL DA MULHER DO SENADO ... EU SOU ______________________ E ESTE É O BOLETIM PONTO LEG HOJE BRASÍLIA FOI PALCO DE UMA CERIMÔNIA PARA LEMBRAR OS ATOS DE 8 DE JANEIRO. OS ATAQUES AOS PRÉDIOS DOS 3 PODERES E SUAS CONSEQUÊNCIAS AINDA DIVIDEM OPINIÃO DOS SENADORES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Por ocasião dos dois anos do oito de janeiro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou que "não há liberdade verdadeira, responsável e plena fora do regime democrático." Já o líder do governo no Senado, Jaques Wagner do PT da Bahia, que participou da cerimônia no Palácio do Planalto, reforçou que todos devem ficar vigilantes numa referência à defesa da volta da ditadura.  Não podemos descuidar porque tem sempre gente disposta a romper aquilo que há de mais sagrado na convivência das pessoas, que é a democracia Já o senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, disse que os condenados do 8 de janeiro não tiveram um julgamento justo.  E a gente vê pessoas que estavam com batom na mão, com a Bíblia, com a bandeira do Brasil, sem nenhuma arma, sendo aí responsabilizadas por 15, 17 anos, totalmente desproporcional. DOIS ANOS DEPOIS DOS ATAQUES AOS PRÉDIOS DOS TRÊS PODERES, O SENADO DISCUTE PROPOSTAS RELACIONADAS AO OITO DE JANEIRO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. A senadora Eliziane Gama do PSD do Maranhão, que foi relatora da CPMI do 8 de janeiro, apresentou um projeto para criar o Dia Nacional da Resistência Democrática. Mas o relador, senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, já antecipou que não considera a data apropriada para a mobilização. Essa é uma data muito ruim de permitir uma grande mobilização. Talvez pensar um outro dia que tenha um simbolismo semelhante para essa comemoração, mas acho uma boa ideia.  Também estão em discussão no Senado três propostas que concedem anistia aos presos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Além do perdão legal de todos os crimes e contravenções penais, o projeto do senador Márcio Bittar, do União do Acre, também restaura os direitos políticos dos cidadãos declarados inelegíveis. Para o líder da oposição, senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, isso é fundamental para combater o extremismo.  Ao defendermos uma anistia, não o fazemos porque queremos anistiar crimes, até porque defendemos que aqueles que depredaram sejam punidos. Nós queremos desarmar espíritos. Nós queremos a volta da normalidade democrática. Mais de duas mil pessoas foram investigadas por participarem dos atos do dia 8. O Supremo Tribunal Federal já condenou 371.  PROCURADORA ESPECIAL DA MULHER DO SENADO ALERTA PARA ÍNDICE DE VIOLÊNCIA POLÍTICA CONTRA MULHER E DEFENDE MEDIDAS PREVENTIVAS. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO O índice registrado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania referente a 2024 foi 484% maior do que o do ano anterior. Procuradora Especial da Mulher, a senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, ressaltou que tem recebido, examinado e encaminhado aos órgãos competentes as denúncias de violência e discriminação contra a mulher. Ela mencionou ainda a atuação com instituições responsáveis por receber as denúncias de violência política, como o Tribunal Superior Eleitoral, o Ministério Público e a presidência dos partidos políticos. Zenaide Maia - O silêncio nos mata e caladas não vamos ficar. Incentivei as denúncias e o combate à violência de gênero nas eleições municipais recentes. Os índices são alarmantes. Zenaide Maia observou que também é violência política contra mulher o fato de, ainda em sua criação e socialização, as mulheres serem encaminhadas para desempenhar papéis afastados da vida pública e política. OUTRAS NOTÍCIAS ESTÃO DISPONÍVEIS EM: SENADO.LEG.BR/RADIO.

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