Boletim.leg - Edição das 22h — Rádio Senado
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Boletim.leg - Edição das 22h

Clima extremo deve dominar debates na COP 28; e audiência aponta desafios na inclusão de imigrantes e refugiados.

30/11/2023, 22h00 - ATUALIZADO EM 30/11/2023, 17h10
Duração de áudio: 05:29

Transcrição
CLIMA EXTREMO DEVE DOMINAR DEBATES NA COP 28: Paula Groba: "A emergência climática vai dominar as discussões da vigésima oitava edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas que começou nesta quinta-feira em Dubai, nos Emirados Árabes." AUDIÊNCIA APONTA DESAFIOS NA INCLUSÃO DE IMIGRANTES E REFUGIADOS. ... EU SOU MARLUCI RIBEIRO E ESTE É O BOLETIM PONTO LEG COMECOU A VIGÉSIMA OITAVA EDIÇÃO DA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O CLIMA. A COMITIVA BRASILEIRA CONTA COM AS PRESENÇAS DO PRESIDENTE DO SENADO, RODRIGO PACHECO, E DE OUTROS PARLAMENTARES. A REPÓRTER PAULA GROBA ESTÁ EM DUBAI E TRAZ AS INFORMAÇÕES DESTE PRIMEIRO DIA DE COP 28: A emergência climática vai dominar as discussões da vigésima oitava edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas que começou nesta quinta-feira em Dubai, nos Emirados Árabes. O Brasil chega com a boa notícia da redução do desmatamento na Amazônia e na Mata Atlântica neste ano, mas ainda colhe resultados negativos no Cerrado, com 11 mil quilômetros quadrados devastados entre 2022 e junho de 2023. O presidente Lula participa da abertura oficial e deve enfatizar a preservação da floresta com ajuda de países desenvolvidos e sugerir uma coalizão das nações com florestas tropicais. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, participa da comitiva brasileira Ee também estará na abertura do evento. Para o deputado Nilto Tatto, do PT de São Paulo, o Brasil chega com protagonismo na Conferência. Por aquilo que o Brasil está fazendo internamente, buscando caminhos pra fazer a transição ecológica, transição energética, diminuindo o desmatamento, o Brasil vai vir com uma postura de cobrar mais responsabilidade do conjunto dos países, em especial dos países desenvolvidos que mais contribuem com as emissões.  Mas um assunto balança os resultados da COP: o consumo de combustíveis fósseis, principal agravante do aquecimento global. Especialistas estão céticos quanto a um compromisso mais firme, já que Estados Unidos e China, maiores poluidores do mundo, terão participação mais tímida nessa edição da conferência. A INCLUSÃO SOCIAL DE IMIGRANTES E REFUGIADOS FOI TEMA DE DEBATE NO SENADO. QUEM INFORMA É A REPÓRTER LUANA VIANA: Em audiência pública na Comissão Mista sobre Migrações e Refugiados, a presidente do colegiado, Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, destacou que o Brasil tem legislação e políticas avançadas, mas ainda precisa melhorar seus mecanismos de inclusão social dos estrangeiros que são acolhidos no país. A ativista dos Direitos Humanos, Maha Mamo, conseguiu a cidadania brasileira, mas tenta há 9 anos, sem sucesso, a revalidação de seu diploma. Ela citou o excesso de burocracia e a falta de informação como obstáculos para a inserção do imigrante e do refugiado no mercado de trabalho brasileiro: Maha Mamo: "Contribuir, deixarmos o Brasil melhor, nosso Brasil que eu falo, porque hoje eu sou brasileira, faz 5 anos. Todo mundo quer contribuir, todo mundo quer se sentir útil. Então eu acho que a gente precisa sensibilizar as universidades, falar mais sobre esse assunto dos refugiados, dos apátridas, dos imigrantes. A gente precisa harmonizar procedimentos. Eu acho que as informações não estão chegando para as pessoas que precisam. A gente tem que incentivar a melhoria das políticas públicas." Os participantes da audiência também pediram maior apoio na questão do idioma, principalmente para as crianças refugiadas que vão estudar em escolas públicas brasileiras. O BRASIL TEM POTENCIAL DE DESENVOLVER VACINAS, MAS AINDA FALTAM INVESTIMENTOS. FOI O QUE APONTOU UM DEBATE NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SENADO. REPÓRTER BIANCA MINGOTE: A audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia foi realizada a pedido do senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo. Para ele, a produção de vacinas no Brasil é importante para a soberania nacional. A produção de uma vacina passa por três etapas: a pesquisa básica, os testes pré-clínicos e os ensaios clínicos. É nessa última fase que, segundo os participantes do debate, o país encontra as maiores dificuldades. Luis Alberto Breda Mascarenhas, do Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia, Senai/Cimatec, ressaltou a necessidade de conexões com agentes que impulsionem a produção brasileira. Já a coordenadora do Centro de Tecnologia em Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais, Ana Paula Fernandes, apontou que os projetos de pesquisa não possuem infraestrutura para a produção de pequenos lotes do Insumo Farmacêutico Ativo, IFA, essencial para a produção de imunizantes. Desenvolver vacinas no Brasil enfrenta um gargalo que é costumeramente chamado de vale da morte. Os projetos de pesquisa, as potenciais candidatos vacinais, não encontram na fase intermediária do vale da morte a infraestrutura necessária, a competência necessária para preparar o que a gente chama de IFA e adjuvante em pequenos lotes que possam ser usados então nos testes clínicos. O debate sobre a capacidade de desenvolvimento de vacinas no Brasil também teve as participações de representantes da Fundação Butantan, da Universidade de São Paulo e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. OUTRAS NOTÍCIAS ESTÃO DISPONÍVEIS EM: SENADO.LEG.BR/RADIO.

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