32 - O papel do Senado na redemocratização - o avanço da oposição e o clamor por uma abertura política
Em 1969, o Brasil vivia um dos períodos mais sombrios desde o Golpe de 1964. Um ato dos militares manteve o Congresso fechado até outubro, quando os parlamentares foram convocados ao trabalho e elegeram presidente o general Garrastazu Médici.
O governo Médici foi um período de crescimento econômico de 11% ao ano, mas também de agravamento da repressão. São dessa fase o aumento da censura aos meios de comunicação, as denúncias de tortura, a guerrilha do Araguaia, o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick e a pena de banimento, que expulsou do País os libertados em troca do embaixador.
O governo Médici termina com a posse de outro general na presidência, Ernesto Geisel, em 15 de março de 1974, ano que ficará marcado como o grande momento da oposição durante o Regime Militar. Nas eleições, em novembro, o MDB consegue uma vitória esmagadora no pleito para o Senado. Das 22 cadeiras em disputa, o partido fica com 16. São eleitos nomes como Paulo Brossard (RS), Roberto Saturnino (RJ), Itamar Franco (MG), e Marcos Freire (PE).
No contra-ataque, os militares apresentam a Lei Falcão, de 1976, que restringe a propaganda eleitoral, e editam o Pacote de Abril, de 1977, que cria a figura do senador biônico.