28 - O Senado e o Governo João Goulart
A renúncia de Jânio Quadros em 24 de agosto de 1961 levou à presidência da República o trabalhista João Goulart. Jango contou com apoio popular, político e militar, graças à aprovação, pelo Congresso Nacional, da emenda que estabeleceu o parlamentarismo no País.
Mas a simpatia de João Goulart pelos regimes soviético e chinês e as ideias de Reformas de Base do presidente, acabariam por levar o País a uma ruptura institucional em 1964.
Um dos fatores que contribuíram para esse desfecho foi a reinstalação do presidencialismo no País, regime que daria mais poderes a João Goulart. A decisão foi tomada em plebiscito no dia 6 de janeiro de 1963, depois de intensa campanha do governo pela volta ao presidencialismo.
Meses depois, estourou a Revolta dos Sargentos, que agravou o clima de tensão no País. Contribuíram para aumentar a crise o aumento da inflação, os protestos de estudantes que queriam as Reformas de Base, e o afastamento do PSD do governo, que já não tinha o apoio integral do PTB e que sofria forte oposição da UDN.
O estopim do Golpe Militar de 1964 foi o comício de João Goulart e Leonel Brizola na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, no dia 13 de março. Na ocasião, os dois anunciavam as Reformas de Base, um plebiscito que convocaria uma nova Constituinte, a desapropriação de terras para reforma agrária e a nacionalização das refinarias de petróleo.