19 - O Senado e a Revolução de 1930 — Rádio Senado
História

19 - O Senado e a Revolução de 1930

A década de 20 foi marcada por vários protestos de militares, entre eles o Tenentismo, de 1922. A maior insatisfação era com a república oligárquica, em que os estados de Minas Gerais e São Paulo alternavam-se no poder. O clima de insurreições e contestações presente no País alia-se à desavença entre as elites políticas dos dois estados. A situação fica insustentável quando o presidente paulista Washington Luís rompe o acordo com os mineiros e indica outro paulista como candidato à sucessão - Júlio Prestes. Os mineiros, então, se aliam ao Rio Grande do Sul e lançam Getúlio Vargas para a presidência da República pela chamada Aliança Liberal.

Júlio Prestes é o vencedor das eleições de 1930, mas o pleito fica sob suspeita. No Senado, o gaúcho Flores da Cunha lê um manifesto de Getúlio Vargas que contestava o resultado das eleições. Mas o estopim da Revolução de 1930 é o assassinato do presidente do estado da Paraíba, João Pessoa, candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio. O fato ocorreu em 26 de julho de 1930 e culminou no movimento militar iniciado, em 3 de outubro, no Rio Grande do Sul, e coordenado no Nordeste por Juarez Távora.

No dia 5 de outubro, Washington Luís decreta estado de sítio, mas a medida não tem o efeito esperado e o presidente é deposto no dia 24 de outubro. Getúlio Vargas assume o poder e a Revolução de 1930 termina vitoriosa, acabando com o domínio absoluto das oligarquias.

09/09/2006, 09h00 - ATUALIZADO EM 14/11/2023, 10h24
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