Saúde mental das mulheres que trabalham na segurança pública será tema de debate no Senado — Rádio Senado
Segurança Pública

Saúde mental das mulheres que trabalham na segurança pública será tema de debate no Senado

Um requerimento (REQ 128/2023) da senadora Leila Barros (PDT-DF), aprovado em dezembro na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), prevê audiência pública sobre a saúde mental das mulheres que trabalham na segurança pública e o impacto do assédio nos índices de suicídio. Entre os convidados listados no pedido está Aldair Drumond, pai da escrivã Rafaela Drumond, de Minas Gerais; vítima de assédio moral, sexual e pressão com sobrecarga no trabalho. A data para o debate ainda não foi definida.

30/01/2024, 17h45 - ATUALIZADO EM 30/01/2024, 17h45
Duração de áudio: 02:46
pm.es.gov.br

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS PODERÁ PROMOVER, EM 2024, AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O IMPACTO DO ASSÉDIO NA SAÚDE MENTAL DAS MULHERES POLICIAIS. PROFISSIONAIS DE SAÚDE E O PAI DE UMA ESCRIVÃ MINEIRA ENCONTRADA MORTA EM CASA ESTÃO ENTRE OS CONVIDADOS DO DEBATE. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou o pedido de audiência pública sobre a saúde mental das mulheres profissionais da segurança pública e o impacto do assédio nos altos índices de suicídio. Ao propor o debate, a senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, afirmou que serão apresentados os resultados do Congresso Internacional das Mulheres Policiais, realizado em Brasília, no ano passado. O evento abordou a saúde integral na atuação e valorização da mulher policial. Entre os convidados para a audiência citados pela senadora está Aldair Drumond, pai da escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta em casa em junho do ano passado. Ela havia feito denúncias de assédio moral, sexual e pressão com sobrecarga no trabalho ao Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais. A escrivã, que trabalhava na cidade mineira de Carandaí, também enviou áudios a uma amiga em fevereiro relatando episódios de perseguição, boicote e até uma tentativa de agressão física. Poucos dias após sua morte, um vídeo com Rafaela sendo xingada começou a circular nas redes sociais. A senadora Leila Barros defendeu soluções para evitar casos como o da escrivã de Minas Gerais. Leila - A falta de debate aberto sobre assédio e suicídio e a insuficiência de dados sobre o tema prejudicam a gestão psicológica e dificultam a divisão de responsabilidade entre os envolvidos. É urgente discutirmos o problema com especialistas, a fim de propor soluções mais efetivas para o combate do assédio e o suicídio nessas instituições. O recente caso da escrivã Rafaela configura a repetida história que perpassa anos e décadas. Precisamos preservar essas profissionais do desgaste emocional e mental ao longo da carreira. Dados debatidos no Congresso Internacional das Mulheres Policiais foram ressaltados pela senadora. Leila- Estudos apontam para a larga incidência de estresse, depressão, ansiedade, dentre outros males resultantes da violência organizacional e psicológica a que são submetidas as profissionais da segurança pública, que atuam sobre forte pressão psicológica. Profissionais do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da Universidade de Brasília e da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, além de representantes dos ministérios da Justiça, da Saúde e das Mulheres foram convidados para a audiência pública, que ainda não tem data definida. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

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