CPMI deve ouvir ex-ministro de Bolsonaro e condenado por tentativa de ataque a bomba — Rádio Senado
CPMI do 8 de Janeiro

CPMI deve ouvir ex-ministro de Bolsonaro e condenado por tentativa de ataque a bomba

Nesta terça-feira, os integrantes da CPMI do 8 de Janeiro deverão votar requerimentos de convocação e de informações definidos pelo presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA). Ao descartar incluir a quebra de sigilo bancário de Bolsonaro, disse que quer votar a vinda do diretor da Força Nacional de Segurança Pública, José Gaia, além de agendar o depoimento de financiadores dos atos do dia 8. Já o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (AP), quer ouvir o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, que teria colocado as tropas à disposição de Bolsonaro para um eventual golpe discutido com a cúpula das Forças Armadas. Também está previsto para esta terça-feira o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro, general Augusto Heleno, e para quinta-feira o de Alan dos Santos, condenado por tentativa de explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Brasília.

25/09/2023, 11h24 - ATUALIZADO EM 25/09/2023, 18h12
Duração de áudio: 02:40
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
INTEGRANTES DA CPMI DO 8 DE JANEIRO VOTAM REQUERIMENTOS NESTA TERÇA-FEIRA E OUVEM O DEPOIMENTO DE EX-MINISTRO DE BOLSONARO. NA REUNIÃO DE QUINTA-FEIRA, DEVERÁ COMPARECER À COMISSÃO MAIS UM CONDENADO PELA TENTATIVA DE EXPLODIR UMA BOMBA NO AEROPORTO DE BRASÍLIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia, do União da Bahia, decidiu que a votação de requerimentos nesta terça-feira será feita em bloco, ou seja, todos de uma vez, e não individualmente. Ele mesmo vai definir quais pedidos de convocação e de informação serão apreciados e descartou incluir na pauta a quebra do sigilo bancário do ex-presidente Bolsonaro e da esposa Michelle. Arthur Maia ressaltou que deverá ser ouvido o diretor da Força Nacional de Segurança Pública, José Américo de Souza Gaia, para atender à oposição, e os financiadores dos atos do dia 8 para contemplar os governistas. Nessa reta final nós temos que ouvir além da Força Nacional os financiadores. Os financiadores ainda não vieram à CPMI e é importante. Existem alguns convocados e nós precisamos fazer com que essas pessoas venham à CPMI para a gente saber quem foi que pagou os atos que aconteceram aqui no dia 8 de janeiro e os próprios acampamentos etc. O foco da CPMI nessa reta final deve ser para trazer a Força Nacional, trazer os financiadores, tem aí, além disso, a convocação do Braga Netto. Já o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, quer convocar o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier dos Santos. Na delação premiada, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, teria revelado a discussão de um golpe pelo ex-presidente e pelos então comandantes das Forças Armadas. Nesse encontro, Garnier teria dito que sua tropa estaria pronta para atender à convocação de Bolsonaro.   Havia uma tentativa de golpe de estado. Os dados que nós temos até agora eram de movimentos golpistas a partir dos militantes do bolsonarismo. Agora nós temos comprovadamente que o ex-presidente da República reuniu o alto comando das Forças Armadas e tentou um golpe de estado, que só não concretizou devido à posição constitucional de setores das Forças Armadas, que foram coerentes com os compromissos que fizeram não ao presidente da República mas à Constituição. Havia uma tentativa de golpe de estado. Os dados que nós temos até agora eram de movimentos golpistas a partir dos militantes do bolsonarismo. Agora nós temos comprovadamente que o ex-presidente da República reuniu o alto comando das Forças Armadas e tentou um golpe de estado, que só não concretizou devido à posição constitucional de setores das Forças Armadas, que foram coerentes com os compromissos que fizeram não ao presidente da República mas à Constituição.

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