AIDS não tem cor
No nosso imaginário, a Aids ainda é uma doença de homens. Só que não é assim. Em 1985 havia 26 homens infectados com o HIV para cada mulher. Em 2010 essa relação passou para 1,7 caso entre homens para um em mulheres. São vários os fatores responsáveis pelo aumento da incidência do vírus nas mulheres. Um deles é a própria anatomia.
As células da mucosa da vagina facilitam a penetração do vírus, mas quem dera fosse só isso. Muitas vezes o HIV chega junto com a violência sexual. Outra dificuldade é o ainda tabu pedir que os homens usem camisinha nas relações sexuais, sejam elas com maridos, namorados ou mesmo em encontros ocasionais.
Os especialistas acreditam que por falta de campanhas esclarecedoras ou porque a notícia de mortes em consequência da Aids desapareceu dos noticiários, muita gente não se preocupa mais com a proteção quando faz sexo. Só que a doença continua por aqui. Há tratamento, mas não cura. A Aids matou 92.367 mulheres entre 1980 e 2016.
O especial a Aids não tem cor é um alerta para a importância da prevenção. Três mulheres com o HIV foram entrevistadas e contaram como é a vida com o vírus. A reportagem vai ao ar no programa Conexão Senado, na semana de 19 a 23 de março, às 8h30 e em cinco episódios.