Servidores criticam "pacote de maldades" que adia reajuste salarial da categoria — Rádio Senado
MP 805

Servidores criticam "pacote de maldades" que adia reajuste salarial da categoria

Representantes de entidades e sindicatos de defesa dos servidores públicos federais participaram, nesta segunda-feira (20), de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), para debater a MP 805/2017 que, entre outros pontos, adia ou cancela reajustes salariais para diversas categorias do funcionalismo. Os representantes dos servidores criticaram a proposta, que apelidaram de pacote de maldades.

20/11/2017, 18h21 - ATUALIZADO EM 20/11/2017, 22h18
Duração de áudio: 02:22
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove audiência pública interativa  em defesa dos serviços públicos, contra o pacote de maldades.

Mesa:
vice-presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), Flávio Alves da Silva;
representante da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Francelino das Chagas Junior;
coordenador-geral da Fasubra Sindical, Gibran Ramos Jordão;
vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Floriano Martins de Sá Neto;
diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Marco Aurélio Gonsalves;
presidente da União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon) e da Fonacate, e representante do Anfa Sindical, Rudiney Marques.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: REPRESENTANTES DE ENTIDADES DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS PARTICIPARAM DE UM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS PARA DEBATER A EMEPÊ QUE, ENTRE OUTROS PONTOS, ADIA O REJUSTE SALARIAL DA CATEGORIA. LOC: ELES CRITICARAM A PROPOSTA, QUE APELIDARAM DE PACOTE DE MALDADES. REPÓRTER GUSTAVO AZEVEDO. (Repórter) Os servidores públicos federais criticaram a Medida Provisória 805, que foi editada recentemente pelo governo. A proposta prevê o adiamento do reajuste salarial do funcionalismo e o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%, para servidores federais que recebem acima de R$ 5.300. Segundo o Executivo, o pacote deve gerar uma arrecadação de quase dois bilhões de reais para o próximo ano. Mas para o presidente da Anfip, Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, Floriano Martins, a proposta é um ataque ao serviço público que visa beneficiar apenas a iniciativa privada. (Floriano Filho) Cidadão brasileiro, usuário do serviço público, não somos nós apenas que sofreremos. E para ser colocada a iniciativa privada, ou pior ainda, para deixar de existir o serviço público. (Repórter) Gribran Ramos, da Fasubra Sindical, entidade que representa os servidores técnico-administrativos de instituições públicas de ensino superior, destacou os cortes realizados pelo governo de aproximadamente 40 bilhões de reais aos órgãos públicos. Para ele, essa política de redução de gastos em setores considerados importantes vai prejudicar a população. (Gribran Ramos) Isso é muito grave porque não é um ataque somente ao funcionário público. Isso é um ataque a população brasileira que paga muitos impostos, e que quer ter um retorno. (Repórter) Já o diretor da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Marcelo Azevedo, ressaltou que o chamado pacote de maldades é uma tentativa do governo de enfraquecer os servidores públicos, o que, segundo ele, deve fortalecer ainda mais a corrupção no país. (Marcelo Azevedo) Se você tem o serviço público enfraquecido, você tem ali um ambiente propício para a continuidade da corrupção, do desvio de verbas públicas. (Repórter) Na avaliação do senador Paulo Paim, do PT gaúcho, que solicitou a audiência pública, a tentativa do governo com o pacote é colocar a população contra os servidores públicos. (Paulo Paim) É inaceitável a lambança que esse governo está fazendo. Nós temos que ficar do lado dos servidores públicos, do lado dos trabalhadores do campo e da cidade. (Repórter) A MP 805, tratada pelos servidores como pacote de maldades, aguarda instalação da comissão mista que vai analisar a proposta. MP 805/2017

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