Senadores do Rio de Janeiro divergem sobre a intervenção no estado — Rádio Senado
Segurança Pública

Senadores do Rio de Janeiro divergem sobre a intervenção no estado

Os senadores do Rio de Janeiro se manifestaram no Plenário do Senado sobre a intervenção federal na segurança do estado. Eduardo Lopes, do PRB, disse que a medida era extremamente necessária, pois a população está com medo. Para Lindbergh Farias, do PT, as Forças Armadas estão sendo utilizadas pelo governo de Michel Temer para tentar maquiar uma grave situação. Romário, do Podemos, afirmou que a mudanças devem atingir também o comando do setor de segurança no estado.

21/02/2018, 16h11 - ATUALIZADO EM 21/02/2018, 16h50
Duração de áudio: 01:46
Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DO RIO DE JANEIRO DIVERGIRAM SOBRE A INTERVENÇÃO FEDERAL NA SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO. LOC: APÓS A APROVAÇÃO DO SENADO, A MEDIDA JÁ FOI PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO E DEVE VIGORAR ATÉ 31 DE DEZEMBRO. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. TÉC: Os senadores do Rio de Janeiro apresentaram divergências ao comentar o decreto de intervenção federal na Segurança do estado. Eduardo Lopes, do PRB, que foi o relator da proposta no Senado, argumentou que a medida é necessária, pois a população do estado está amedrontada: (Eduardo Lopes) Hoje, o Rio de Janeiro está tomado pelo pânico, pelo pavor, como já citei. Se o trânsito para de maneira normal em um túnel da cidade, quem está dentro do carro, de ato, já quer se esconder debaixo do carro, porque imagina que já é um arrastão, imagina que já está acontecendo um assalto. (REP) Lindbergh Farias, do PT, lamentou a situação da segurança no estado, mas disse que a medida é uma maquiagem promovida pelo governo Temer com o uso das Forças Armadas: (Lindbergh) Porque o que mais me traz indignação é um Governo desmoralizado como esse utilizar jovens de 18, 19 anos, que não foram preparados para aquela situação, e colocar em risco. Eles são treinados para outra coisa, não conhecem aquele terreno. (REP) Romário, do Podemos, afirmou que a medida só dará resultados se os comandantes da intervenção alterarem também a estrutura burocrática dos órgãos que cuidam da segurança: (Romário) Infelizmente, na segurança pública, como em outras áreas, as indicações políticas de pessoas incompetentes são uma praga que destrói a capacidade de ação do Estado. Isso tem que acabar. Espero que o General Braga Netto comece por aí, com coragem e vigor, demitindo quem está no cargo só para servir seus padrinhos políticos ao invés de servir a população. (REP) Cerca de 50 mil homens vão atuar na intervenção federal, prevista para durar até 31 de dezembro.

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