Senadores avaliam crescimento de 1,1% da economia em 2018 — Rádio Senado
PIB

Senadores avaliam crescimento de 1,1% da economia em 2018

Para o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, Felipe Salto, o PIB de 1,1% de 2018 revela que ainda não houve retomada do crescimento e a necessidade da aprovação da Reforma da Previdência. O senador Alvaro Dias (PODE-PR) disse que o governo não pode limitar a recuperação do PIB às mudanças nas regras de aposentadoria. Para o senador Eduardo Braga (MDB-AM), Jair Bolsonaro deverá apostar em outras reformas, a exemplo da Tributária, e à redução de juros e aumento do crédito para um PIB robusto.

 

28/02/2019, 14h27 - ATUALIZADO EM 28/02/2019, 14h27
Duração de áudio: 02:56
GDP economy concept, money and population
anyaberkut/istockphoto

Transcrição
LOC: SENADORES AVALIAM QUE PRODUTO INTERNO BRUTO DE 1,1% MOSTRA NECESSIDADE DE REFORMAS, A EXEMPLO DA TRIBUTÁRIA E DA REDUÇÃO DOS JUROS. LOC: PARA DIRETOR-EXECUTIVO DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE, CRESCIMENTO ECONÔMICO DEPENDE DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Segundo o IBGE, o País registrou um crescimento econômico de 1,1% no ano passado, o mesmo de 2017. Esse é o segundo resultado positivo após dois anos seguidos de recessão. O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, Felipe Salto, lembrou que a greve dos caminhoneiros e as eleições impactaram no PIB do ano passado. Ele citou ainda a baixa taxa de investimento e de poupança como fatores que não contribuíram para o aumento do crescimento, que ainda está abaixo do esperado. Felipe Salto ressaltou a necessidade da aprovação da Reforma da Previdência. (Felipe Salto) Mas a verdade é que nós temos problemas estruturais. E esses problemas estruturais têm uma raiz comum, que é o desequilíbrio das contas públicas. E reforma da Previdência é crucial nesse processo. Pode-se discordar do modelo que foi proposto. Mas é verdade que alguns pontos já começam a se tornar consenso na reforma da Previdência é essencial para que se possa recuperar a capacidade de crescer. (Repórter) Ao classificar de pífia a taxa de 1,1%, o senador Alvaro Dias, do Podemos do Paraná, destacou que o governo não pode apostar todas as fichas na Reforma da Previdência para uma melhora da economia. Ele ponderou que a redução de gastos públicos, ou seja, o ajuste fiscal, terá impacto no PIB a longo prazo. (Alvaro Dias) O governo aposta nesse milagre da Reforma da Previdência e não haverá milagre. Quando o governo fala que teremos uma economia de um trilhão e 100 bilhões em 10 anos, essa economia seria exaurida em apenas dois anos e meio com o pagamento de juros da dívida pública do país. Então, se não administrarmos com mais competência a dívida pública, nada será suficiente. (Repórter) Já o senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, defendeu outras reformas para retomar do crescimento. Ele citou a Tributária e medidas de redução dos juros e do aumento do crédito. (Eduardo Braga) Entre 42 países ranqueados, o Brasil ficou em 40º lugar com relação ao PIB do ano passado. Isso mostra o quanto é necessário fazer as reformas e estabelecer taxas de juros e uma base de crédito para o Brasil voltar a crescer e voltar a gerar oportunidade de emprego e uma nova perspectiva futura para as futuras gerações. (Repórter) Em valores correntes, o Produto Interno Bruto no ano passado somou R$ 6,8 trilhões. Os destaques foram os setores de serviço, indústria e agropecuária, além do aumento do consumo das famílias. Já a construção civil teve a quinta queda anual seguida.

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