Segue para a Câmara dos Deputados a proposta que organiza o ensino escolar nas aldeias — Rádio Senado
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Segue para a Câmara dos Deputados a proposta que organiza o ensino escolar nas aldeias

A proposta (PLS 737/2015) que trata da Organização Escolar Indígena foi aprovada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte e segue para a Câmara dos Deputados. A ideia é dividir o ensino em territórios étnico-educacionais, que devem compreender as terras indígenas ocupadas por povos que mantêm raízes históricas, relações políticas e econômicas, filiações linguísticas e práticas culturais comuns. O novo modelo prevê que os representantes dos indígenas participem na definição dos currículos escolares específicos, que devem ser adaptar à realidade das tribos. O autor do projeto, senador Telmário Mota (PTB-RR) explicou que o objetivo é melhorar a qualidade do ensino, preservar e valorizar a cultura de cada comunidade. A reportagem é de George Cardim.

13/03/2018, 17h11 - ATUALIZADO EM 13/03/2018, 17h11
Duração de áudio: 01:38
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realiza reunião deliberativa com 18 itens. Na pauta, o PLC 158/2017, que permite criação de fundo patrimonial nas instituições federais de ensino superior. 

Bancada: 
senador Armando Monteiro (PTB-PE); 
senador Elber Batalha (PSB-SE); 
senador Jorge Viana (PT-AC); 
senador José Agripino (DEM-RN); 
senador José Medeiros (Pode-MT); 
senador Paulo Paim (PT-RS); 
senador Paulo Rocha (PT-PA); 
senador Pedro Chaves (PRB-MS); 
senador Roberto Muniz (PP-BA); 
senador Telmário Mota (PTB-RR); 
senadora Lídice da Mata (PSB-BA); 
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP); 
senadora Regina Sousa (PT-PI).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: SEGUE PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS O PROJETO QUE ORGANIZA O ENSINO ESCOLAR NAS ALDEIAS INDÍGENAS. LOC: A PROPOSTA APROVADA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO CRIA OS TERRITÓRIOS ÉTNICO-EDUCACIONAIS E BUSCA MELHORAR A QUALIDADE DO ENSINO, PRESERVAR E VALORIZAR A CULTURA DE CADA COMUNIDADE. REPÓRTER GEORGE CARDIM. TÉC: A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para organizar a educação escolar indígena. A ideia é dividir o ensino em territórios étnico-educacionais, que devem compreender as terras indígenas ocupadas por povos que mantêm raízes históricas, relações políticas e econômicas, filiações linguísticas e práticas culturais comuns. O novo modelo prevê que os representantes dos indígenas participem ativamente na definição dos currículos escolares específicos e no processo de aprendizagem, que devem se adaptar à realidade das tribos. O objetivo é melhorar a qualidade do ensino, além de preservar e valorizar a cultura de cada comunidade. O autor da proposta, senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, explicou que as aulas também devem ser ministradas na língua de cada etnia, para evitar seu desaparecimento: (Telmário) “Assim as pessoas não se afastam da sua cultura, não se afastam da sua língua. As pessoas vão perdendo as suas línguas originais. Porque os mais antigos vão morrendo, na escola também não recebem essa língua materna. Tem comunidades hoje que ninguém mais fala a língua materna, todo mundo só fala português. E o nosso objetivo é justamente recuperar isso”: (REP) A proposta já aprovada pelas Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa e de Educação deve seguir para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, George Cardim PLS 737/2015.

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