Paim diz que baixa qualidade do ensino agrava desemprego entre os jovens
As notas do Brasil em provas internacionais para alunos de 15 anos de idade têm ficado abaixo da média de países com melhores indicadores econômicos e sociais. Para o senador Paulo Paim (PT-RS) é necessário valorizar professores com planos de carreira e incentivos à qualificação acadêmica. Segundo Paim, a falta de investimento no ensino de excelência é uma das causas para o desemprego e baixa mobilidade social entre os jovens.
Transcrição
LOC: O SENADOR PAULO PAIM, DO PT DO RIO GRANDE DO SUL, VÊ RELAÇÃO ENTRE FALTA DE INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DESEMPREGO ENTRE JOVENS.
LOC: PARA ELE, A BAIXA QUALIDADE DO ENSINO EM MUITAS ESCOLAS TAMBÉM PREJUDICA O DESEMPENHO DE ALUNOS BRASILEIROS EM EXAMES INTERNACIONAIS. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(Repórter) Uma das medidas utilizadas para avaliar o sistema educacional Brasileiro é o Pisa. O Programa para Avaliação Internacional de Estudantes é uma prova para jovens com 15 anos de idade promovida pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, que reúne os países com melhores indicadores econômicos e sociais. Ano após ano a média brasileira tem ficado nas últimas posições. No exame mais recente, em 2015, entre 72 países, o Brasil ficou entre os dez piores. As notas em ciências, matemática e leitura ficaram abaixo da média. Para o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, que fez um discurso no plenário do Senado nesta segunda-feira, um dos motivos é a desigualdade existente entre escolas federais como os colégios militares e demais escolas públicas.
(Paulo Paim) No Pisa as escolas federais tiveram desempenho superior às da Coreia do Sul, país que há décadas tem na educação uma prioridade nacional. E por que isso acontece? (...) Porque as escolas federais valorizam os professores, com plano de carreira, com salários mais justos, com incentivos à qualificação acadêmica.
(Repórter) Um dos efeitos perversos do baixo investimento em educação de qualidade, segundo Paulo Paim, é o desemprego e a baixa mobilidade social entre os jovens.
(Paulo Paim) Muitos jovens (...) não conseguem sequer sustentar um período de estudos prolongado no ensino superior. Muitos são os jovens que se convencionou chamar de geração nem-nem: a que nem trabalha, nem estuda; jovens de futuro incerto, marcados pelo desalento, acostumados à decepção – e tão cedo na vida.
(Repórter) Os resultados do Pisa 2018 serão divulgados no segundo semestre de 2019.
