Criação de lei contra fake news tem apoio de 84% da população, aponta DataSenado — Rádio Senado
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Criação de lei contra fake news tem apoio de 84% da população, aponta DataSenado

Uma pesquisa realizada pelo DataSenado revela que 55% dos entrevistados estão muito preocupados com notícias falsas e 84% concordam com a criação de uma lei de combate a fake news. Os dados também mostram que três em cada quatro usuários de redes sociais acreditam que, nos ambientes virtuais, as notícias falsas ganham mais visibilidade do que as notícias verdadeiras. Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor do projeto que cria normas para as redes sociais e aplicativos de mensagens com o objetivo de evitar a disseminação de fake news (PL 2630/2020), o resultado da pesquisa reflete a vontade da população de controle das notícias falsas. Acompanhe a reportagem de Regina Pinheiro. 

18/06/2020, 19h50 - ATUALIZADO EM 18/06/2020, 19h51
Duração de áudio: 02:31
Manipulação de dados e notícias falsas põem internet em xeque

A legislação brasileira avançou bastante com o Marco Civil da Internet (Lei 12.965, de 2014 ), que prevê punição para a divulgação de notícias falsas.

No Brasil, os crimes cometidos na internet são puníveis de acordo com leis que modificaram o Código Penal. É o caso da Lei 12.737, de 2012, em que invadir dispositivo com o fim de obter, adulterar ou destruir dados é um delito que pode levar a detenção de três meses a um ano e multa.

Em 6 de dezembro, a Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado, discutiu o projeto do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que propõe “a suspensão do funcionamento ou o bloqueio de acesso de aplicação de internet que incentive ou promova a prática de crime” (PLS 169/2017).

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: PESQUISA NACIONAL DO INSTITUTO DATASENADO REVELA QUE 55% DOS ENTREVISTADOS ESTÃO MUITO PREOCUPADOS COM NOTÍCIAS FALSAS LOC: 84% DOS ENTREVISTADOS CONCORDAM COM A CRIAÇÃO DE UMA LEI DE COMBATE ÀS FAKE NEWS PARA DIMINUIR A QUANTIDADE DE INFORMAÇÕES INVERÍDICAS NA REDE. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO TÉC: A pesquisa foi feita entre os dias 9 e 11 de junho e ouviu por telefone fixo ou móvel mil e 200 brasileiros e brasileiras acima dos 16 anos. Todos os Estados brasileiros estão representados na amostra. Os resultados mostram que 78% dos brasileiros têm ou já tiveram perfis em redes sociais e a maioria dessa parcela, 87%, está de alguma forma preocupada com a quantidade de notícias falsas divulgadas nessas plataformas. Os dados também mostram que três em cada quatro usuários de redes sociais concordam que notícias falsas ganham mais visibilidade que notícias verdadeiras nos ambientes virtuais. O Coordenador-Geral da Secretaria de Transparência do Senado Marcos Ruben de Oliveira explica que a metodologia utilizada tem como meta evitar qualquer tendenciosidade. (Marcos) Às vezes existe algum preconceito na pesquisa telefônica, mas a gente tem muita convicção que essa metodologia de pesquisa, principalmente em período de pandemia é uma das melhores formas de se coletar dados. O DataSenado preza muito o controle de dados dessa coleta de dados. Então nós fazemos uma auditoria muito rigorosa, para evitar o viés, para evitar qualquer tendenciosidade nas pesquisas. (Rep) 84% dos entrevistados também concordam que a criação de uma lei de combate às Fake News vai contribuir para a diminuição da quantidade de informações falsas. Nove em cada dez usuários acreditam que redes sociais devem verificar publicações. Para o Senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, autor do PL 2630 de 2020 que cria normas paras as redes sociais e aplicativos de mensagens com o objetivo de evitar a disseminação das Fake News o resultado da pesquisa reflete a vontade da população de controle das notícias falsas. (Alessandro)Quando apresentamos o projeto lá no começo, uma das críticas foi uma suposta insuficiente escuta da sociedade. Esses dados mostram que tudo aquilo que estamos fazendo está em alinhamento muito estreito com aquilo que um brasileiro médio quer fazer. O brasileiro médio, aquele que não está engajado idelogicamente em alguma corrente que usa dessas ferramentas, ele não quer receber notícia falsa, ele não quer consumir informação falsa, ele não quer ser influenciado por equipamentos, por ferramentas que são manipuladas por quem tem mais dinheiro, mais recursos. (Rep) A pesquisa completa pode ser acessada em www.senado.leg.br/datasenado. (Rep) Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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