Collor aponta limites das novas sanções dos Estados Unidos contra o Irã — Rádio Senado
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Collor aponta limites das novas sanções dos Estados Unidos contra o Irã

O presidente da Comissão de Relações Exteriores apontou limites das novas sanções dos Estados Unidos contra o Irã. O senador Fernando Collor (PTC-AL) lembrou que a ameaça do governo norte-americano se estende a indivíduos e entidades que não respeitarem as sanções. Mas ressalvou que a medida não é unânime, nem dentro dos Estados Unidos e nem no cenário internacional.

09/08/2018, 13h38 - ATUALIZADO EM 09/08/2018, 17h58
Duração de áudio: 02:36
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADOR FERNANDO COLLOR ALERTA QUE NOVAS SANÇÕES DOS ESTADOS UNIDOS CONTRA O IRÃ NÃO SÃO UNÂNIMES NO CENÁRIO INTERNACIONAL. LOC: O ASSUNTO FOI TRATADO NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES NESTA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) O governo Donald Trump decidiu novamente impor sanções ao Irã. Em maio os Estados Unidos já haviam anunciado a saída unilateral do acordo nuclear assinado em 2015 com o governo iraniano por seis países: Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. O grupo é conhecido como P5+1. Pelo acordo, o Irã concordou em limitar suas atividades nucleares e o enriquecimento de urânio em troca do fim das sanções. O presidente norte-americano alega que o acordo não está sendo integralmente cumprido e publicou uma ameaça no twitter ao anunciar a nova onda de sanções -- quem fizer comércio com o Irã não poderá negociar com os Estados Unidos. Inicialmente, as sanções incluem veículos, ouro e outros metais preciosos. No início de novembro, virão novamente os setores petrolífero e financeiro. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, lembrou que a ameaça do governo norte-americano se estende a indivíduos e entidades que não respeitarem as sanções. (Fernando Collor) O líder norte-americano acredita que as pressões econômicas forçarão o Irã a aceitar um novo acordo e a dar fim a seu comportamento maligno, expressões do líder norte-americano, referindo-se às suas atividades em países vizinhos como a Síria e o Iêmen. (Repórter) Fernando Collor ressalvou que a medida não é unânime, nem dentro dos Estados Unidos e nem no cenário internacional. (Fernando Collor) A União Europeia, que continua comprometida com o acordo, prometeu proteger suas firmas envolvidas no comércio legítimo com o Irã. (Repórter) Antes do acordo de 2015, o Irã havia perdido com as sanções o equivalente a 160 bilhões de dólares em receita de petróleo. O fim das penalidades havia garantido aos iranianos o acesso a mais de 100 bilhões de dólares em ativos congelados no exterior, além de poder vender petróleo a outros países e operar nos mercados financeiros globais. As novas sanções já provocaram mais uma queda da moeda iraniana.

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