CPMI do INSS convoca Romeu Zema e rejeita pedidos para ouvir filho de Lula e Jorge Messias
A CPI mista do INSS decidiu convocar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para prestar esclarecimentos sobre a Zema Financeira, empresa do Grupo Zema ligada à sua família. O requerimento aponta que a instituição oferecia empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS. Na mesma reunião, os parlamentares rejeitaram a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também derrubaram o pedido para ouvir o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Transcrição
A CPI mista do INSS rejeitou, por 19 votos a 12, a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Lula. Por 19 votos a 11, os parlamentares também derrubaram a convocação do advogado-geral da União, Jorge Messias. Conhecido como "Lulinha", Fábio entrou na mira de parlamentares após a publicação de reportagens que afirmam que ele teria recebido dinheiro de Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS". Ele não é investigado no esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões. O deputado Paulo Pimenta, do PT do Rio Grande do Sul, afirmou que o pedido de convocação estava fora de propósito e que não havia provas sobre a suposta ligação entre o filho de Lula e Antônio Carlos Camilo Antunes.
Não há nenhuma relação entre esta CPI e o Sr. Fábio. Tem milhares de documentos dentro desta CPI, Eu desafio que me mostrem qualquer documento, qualquer prova de que o Sr. Fábio tenha recebido qualquer centavo relativo a algum assunto que diga respeito a desconto associativo, a INSS ou qualquer outro assunto.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado pelo presidente Lula a uma vaga no Supremo Tribunal Federal era alvo de uma série de pedidos de convocação apresentados por parlamentares da oposição. Os requerimentos argumentam que informações recebidas pela CPI apontam que a AGU tinha conhecimento prévio e se omitiu diante dos descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões. O senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, disse que ele precisaria se apresentar à CPMI para explicar sobre o porquê da determinação de abrir investigação contra apenas parte das entidades com Acordos de Cooperação Técnica ativos com o INSS.
Porque o Sr. Messias tem demonstrado que praticamente passou ao largo deste processo, e isso, na minha opinião, é prevaricação - E eu quero que o Sr. Messias tenha a oportunidade de, aqui vindo, dizer quais são os motivos que ele teve de não agir.
Já o nome do governador mineiro foi envolvido nas investigações da CPMI em função da Zema Financeira, empresa pertencente ao Grupo Zema, ligado à família do político. Segundo o requerimento, a instituição oferecia empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS, com descontos diretos na folha de pagamento que podem chegar a 40% do benefício, além de permitir a portabilidade de contratos originados em outras instituições financeiras. Foram retirados de pauta os requerimentos para a convocação do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. De acordo com o governo, ele irá ao colegiado após o recesso de fim de ano. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

