Suspensão de consignado é pedida após comissão identificar irregularidades no INSS
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), pediu a suspensão por seis meses da cobrança em operações de empréstimo consignado do instituto. Ele vai encaminhar ao Banco Central, à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e ao INSS todas as informações preliminares que a CPMI já identificou sobre irregularidades em empréstimos feitos nas contas de aposentados e pensionistas sem autorização do titular da conta.

Transcrição
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, defendeu a suspensão por seis meses da cobrança do consignado de aposentados e pensionistas.
Ele vai encaminhar ao Banco Central, à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e ao INSS todas as informações de irregularidades já descobertas pela comissão.
Carlos Viana destacou que aposentados estão pagando por empréstimos não feitos em contas abertas sem autorização.
Ao citou que 1,6 millhão aposentados têm descontos indevidos de consignados, o presidente da CPMI declarou que a suspensão do pagamento é uma forma de proteger a renda dos beneficiários.
(senador Carlos Viana) "Considero indispensável que os órgãos competentes avaliem a possibilidade de uma suspensão temporária por 180 dias da cobrança das parcelas dos consignados já existentes. Quero deixar claro, essa medida não impediria que novos empréstimos sejam contratados. Quem quiser fazer um novo consignado continuará podendo fazê-lo normalmente. A pausa valeria apenas para os contratos já ativos, muitos deles, talvez a maioria, com indícios de irregularidades."
O vice-presidente do colegiado, deputado Duarte Jr, do PSB do Maranhão, destacou a importância da suspensão das cobranças de consignados não autorizados.
(deputado Duarte Jr) "A suspensão desse pagamento se faz extremamente necessária e é importante também para além desse ofício, é importante também provocar a presidência da Câmara e do Senado, pois ambos têm leis para ingressar com ações alegando a inconstitucionalidade. Podemos ingressar com uma DPF, uma ADI, que são mecanismos condicionais fundamentais para proteger o cidadão alegando a inconstitucionalidade dessas práticas."
Recentemente, o Senado aprovou o projeto que impede qualquer tipo de desconto associativo nos benefícios de aposentados e pensionistas. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

